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Veja a relação entre o ferro e a história da humanidade

Hefesto (ou Vulcano, para os romanos), filho de Zeus e Hera, era o deus do fogo e, por conseguinte, da metalurgia

Lorena Filgueiras

Remonta à antiguidade o começo desta história. Em um período no qual o pensamento crítico ainda não tinha tomado corpo, atribuía-se ao desconhecido (e, posteriormente, aos Deuses) as descobertas e propriedades de alguns elementos. Não podia ser diferente com o ferro, metal descoberto ainda na antiguidade. 

Grandes descobertas, pelo menos em tempos remotos, advinham de “acidentes naturais”. Ou, melhor dizendo, eram presentes (ou castigos) dos deuses. O fogo, esse divisor de águas na evolução humana, era o pai do ferro. Quem detivesse o implacável calor, tinha em suas mãos o poder de moldar o mundo. Hefesto (ou Vulcano, para os romanos), filho de Zeus e Hera, era o deus do fogo e, por conseguinte, da metalurgia. Se ser filho de Zeus já era grande coisa (sem ironia), avalie ser Zeus. Constantemente, às tempestades e aos trovões creditavam o ferro que caía na Terra – privilégio do morador mais ilustre do Olimpo. Se Eva nasceu da subserviência (e da costela de) a Adão, segundo os gregos, Pandora, a primeira mulher mortal de que se teve notícia na antiguidade, nasceu do ferro de Hefesto. 

Desde então, cada panteão ao redor do mundo, traz uma divindade que é soberana do metal. São deuses ferreiros. Os ciclopes, para gregos e romanos; Bastet, para os egípcios; Loki para os vinkings; Angra para os Tupi-guarani; Ogum para os descendentes e/ou praticantes da religião afro. A lista é quase tão extensa quanto o mundo.

Dominar o ofício divino, portanto, sempre foi uma ambiciosa pretensão dos humanos e há aproximadamente 6.000 a.C., o cobre foi o primeiro metal a sucumbir à vontade dos viventes e uma era inteira passou até que ao ferro fosse dado formas e usos jamais imaginados. Naturalmente que homens comuns foram empoderados com um “presente dos céus” e o salto que a humanidade deu, em função das técnicas aprimoradas de sobrevivência (de caça, passando pela lavoura e chegando às guerras) foi gigantesco. Aperfeiçoaram o processo, descobriram que quanto maior a exposição às altas temperaturas, mais fácil (ou melhor, menos difícil) seria moldar os instrumentos. E aí... bem, surgiram pequenos núcleos (cidades), o escambo deu lugar à moeda e o desenrolar desse roteiro nos alcança neste abril de 2021, quando O Liberal, com apoio da Vale, publica uma série de fascículos destinada a aprofundar nossos conhecimentos sobre esses metais, sua exploração e os benefícios à sociedade.

A vocação natural de nosso estado é um convite a um mergulho profundo nas operações da Vale, sua preocupação ética e responsável e, por tais razões, nosso maior desejo é que você possa desvendar, desmistificar e compreender essa longa história que não mais se passa no Olimpo. Hoje, a história é feita no dia a dia e nos laboratórios, por meio de ciência. 

Igualmente importante dizer que podemos contar com os deuses, mas ciência, humildade e solidariedade compõem o tripé que vai mudar a humanidade.

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