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Vice-embaixador dos EUA é expulso da Rússia em meio às tensões envolvendo a Ucrânia

Para autoridades americanas, movimento representa um "passo de escalada" que pode limitar as soluções diplomáticas para a crise no Leste Europeu

O Liberal

O número dois da diplomacia americana na Rússia, Bart Gorman, vice-embaixador dos Estados Unidos, foi expulso do território russo, segundo informou, nesta quinta-feira (17), o Departamento de Estado. Ele estava na Rússia há menos de três anos em viagem diplomática que ainda não havia terminado. O visto de Gorman ainda era válido. As informações são da Agência Estado.

De acordo com o Departamento de Estado, a expulsão do representante americano “não foi provocada". Ainda não está claro qual a justificativa de Moscou para tomar essa medida, que ocorre no momento em que as tensões na fronteira da Rússia com a Ucrânia têm se intensificado.

O Departamento de Estado exigiu que a Rússia "pare com as expulsões infundadas" de seus funcionários e afirmou que o número de diplomatas americanos e outros funcionários da Embaixada dos EUA em Moscou e consulados na Rússia é muito menor do que o das missões russas nos Estados Unidos.

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"Agora, mais do que nunca, é fundamental que nossos países tenham o pessoal diplomático necessário para facilitar a comunicação entre nossos governos’, disse um funcionário do departamento.

O embaixador John J. Sullivan, principal enviado americano na Rússia, permanece em Moscou. Ele recebeu hoje a resposta por escrito do governo russo às propostas de Joe Biden para aliviar as tensões e melhorar a segurança na Europa.

Crise

Segundo o governo americano, ainda é alto o risco de uma invasão russa à Ucrânia e o país liderado por Vladimir Putin está tentando fabricar um pretexto para um conflito. Moscou, por outro lado, afirma que está afastando algumas de suas tropas da fronteira.

Também houve aumento nas tensões ao longo da linha que separa as forças ucranianas dos separatistas apoiados pela Rússia no leste do país, com as partes se acusando mutuamente de bombardeios intensos.

Na carta entregue ao embaixador americano, a Rússia lamentou a recusa do Ocidente em atender às principais demandas e segurança russas e reafirmou que Moscou poderia tomar "medidas técnico-militares" se os EUA e seus aliados continuarem a ignorar suas preocupações. Mas não especificou quais medidas seriam essas.

A Rússia afirmou também, no documento, que está pronta para discutir medidas para aumentar a segurança na Europa, discutindo limites na implantação de mísseis, restrições em voos de patrulha de bombardeiros estratégicos e outras medidas de construção de confiança.
 

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