Ventos fortes voltam a alimentar incêndios florestais no centro de Portugal
Em vários vilarejos, bombeiros precisaram retirar moradores. Mais de 30 pessoas ficaram ferias
Mais de mil bombeiros combatiam incêndios florestais no centro de Portugal nesta segunda-feira, forçando a retirada de moradores de vários vilarejos, e as autoridades esperavam limitar o número de pessoas em risco.
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Até agora 33 pessoas ficaram feridas, uma delas em estado grave. A Agência de Proteção Civil de Portugal disse que algumas casas foram destruídas pelas chamas.
Os incêndios são pequenos se comparados com o grande incêndio que atingiu a mesma região em junho de 2017, matando 64 pessoas e queimando cerca de 55 mil hectares em poucos dias.
Mas como as temperaturas podem chegar a 40 graus Celsius em algumas áreas nesta segunda-feira, vários dos municípios dos distritos de Santarém e Castelo Branco, ao nordeste de Lisboa, estão em alerta máximo.
Mais cedo nesta segunda-feira a Agência de Proteção Civil disse que o fogo está 90% controlado, mas alertou que os focos remanescentes exigem "muita atenção", já que os ventos aumentaram no final do dia, atiçando as chamas em meio à secura.
Coberto de eucaliptos e pinheiros, o centro de Portugal é frequentemente atingido por incêndios no verão, e o terreno acidentado dificulta especialmente o acesso dos bombeiros.
Os moradores dos vilarejos, além das autoridades locais de Mação e Vila de Rei, áreas no cerne da zona atingida, disseram não haver bombeiros e recursos suficientes para combater as chamas.
O criador de ovelhas Joaquim Ribeiro disse à Reuters que não havia bombeiros quando o fogo chegou ao seu vilarejo de Mação, o que o obrigou a transferir seus animais para outro local. "Foi um pandemônio".