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Trump diz que pode conversar com Maduro em meio à mobilização militar dos EUA no Caribe

Os militares dos EUA têm realizado uma série de ataques contra embarcações suspeitas de transportar drogas

Redação O Liberal com informações da AE
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou no último domingo, 16, que pode "ter algumas conversas" com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Essa seria uma possível via diplomática enquanto os EUA reforçam sua presença militar perto do país sul-americano com a chegada do maior porta-aviões do mundo, o USS Gerald R. Ford.

Trump não ofereceu detalhes sobre as possíveis conversas com Maduro, mas disse que "a Venezuela gostaria de conversar".

Os militares dos EUA têm realizado uma série de ataques contra embarcações suspeitas de transportar drogas. A chegada do USS Gerald R. Ford e de outros navios de guerra intensifica o que o governo insiste ser uma operação antidrogas, mas é vista como tática de pressão crescente contra Maduro.

Diálogo em Meio à Tensão

Quando questionado no domingo sobre o que queria dizer com a afirmação de que Maduro quer conversar, Trump respondeu: "O que isso significa? Me diga você, eu não sei".

"Conversarei com qualquer pessoa", acrescentou alguns instantes depois. "Veremos o que acontece."

O governo da Venezuela não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. Maduro, que enfrenta acusações de narcoterrorismo nos EUA, afirmou que o governo americano está "fabricando" uma guerra contra ele.

Reforço Militar no Caribe

O porta-aviões Ford completa o maior reforço de poderio militar dos EUA na região em gerações. Com sua chegada, a "Operação Lança do Sul" inclui quase uma dúzia de navios da Marinha e cerca de 12 mil marinheiros e fuzileiros navais.

A chegada do porta-aviões coincidiu com o anúncio de seu mais recente ataque mortal contra uma pequena embarcação que, segundo os militares, transportava drogas ilegais. O Comando do Sul dos EUA publicou um vídeo mostrando a embarcação sendo explodida, um ataque que ocorreu no sábado em águas internacionais do Pacífico e matou três homens.

Desde o início de setembro, 21 ataques desse tipo realizados pelos EUA no Caribe e no Pacífico mataram pelo menos 83 pessoas. O grupo de ataque de porta-aviões, que inclui esquadrões de caças e destróieres de mísseis guiados, transitou pela Passagem de Anegada, perto das Ilhas Virgens Britânicas, na manhã de domingo.

Objetivo das Ações Americanas

O contra-almirante Paul Lanzilotta, comandante do grupo de ataque, afirmou que ele reforçará uma força já considerável de navios de guerra americanos para "proteger a segurança e a prosperidade de nossa nação contra o narcoterrorismo no Hemisfério Ocidental".

O almirante Alvin Holsey, comandante responsável pelo Caribe e América Latina, declarou em comunicado que as forças americanas "estão prontas para combater as ameaças transnacionais que buscam desestabilizar nossa região".

Holsey, que se aposentará no próximo mês após apenas um ano no cargo, disse que o destacamento do grupo de ataque é "um passo crucial para reforçar nossa determinação em proteger a segurança do Hemisfério Ocidental e a segurança do território americano".

Exercícios na Fronteira Venezuelana

Em Trinidad e Tobago, a apenas 11 quilômetros da Venezuela, autoridades governamentais disseram que tropas iniciaram "exercícios de treinamento" com o exército dos EUA. Estes exercícios devem durar boa parte da semana.

O Ministro das Relações Exteriores de Trinidad e Tobago, Sean Sobers, afirmou que é a segunda vez em menos de um mês que há exercícios conjuntos. Eles visam combater o crime violento na ilha, que se tornou um ponto de parada para carregamentos de drogas. O primeiro-ministro tem sido um defensor declarado dos ataques militares dos EUA.

Os exercícios incluirão fuzileiros navais da 22ª Unidade Expedicionária, que estão estacionados a bordo dos navios da Marinha posicionados na costa da Venezuela há meses. O governo da Venezuela descreveu os exercícios militares como um ato de agressão. Não houve comentários imediatos no domingo sobre a chegada do porta-aviões.

Estratégia e Dúvidas

Enquanto isso, o secretário do Exército dos EUA, Dan Driscoll, afirmou no domingo que tropas americanas têm treinado no Panamá. Ele ressaltou o crescente foco do governo na América Latina, reativando a escola de selva no Panamá.

O governo insiste que o aumento da presença militar americana na região tem como objetivo impedir o fluxo de drogas para os EUA, mas não apresentou evidências para suas alegações de que os mortos nos barcos eram "narcoterroristas". Trump indicou que a ação militar se expandiria além de ataques marítimos, afirmando que os EUA "impediriam a entrada de drogas por terra".

Na sexta-feira, Trump foi questionado se já havia decidido o que pretendia fazer em relação à Venezuela. Ele não ofereceu detalhes, mas disse: "Eu meio que já me decidi".

Especialistas dizem que o USS Gerald R. Ford não é adequado para combater cartéis, mas poderia ser um instrumento eficaz de intimidação para Maduro, numa tentativa de fazê-lo renunciar.

Reação Interna na Venezuela

O governo da Venezuela anunciou recentemente uma mobilização "massiva" de tropas e civis para se defender de possíveis ataques dos EUA. Maduro e outros membros do Partido Socialista da Venezuela também participaram de manifestações para apoiar a criação de comitês de bairro, que ficarão responsáveis por aumentar o número de filiados ao partido e promover suas políticas.

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