Rússia não vai abrir investigação internacional sobre acidente aéreo que matou Prigozhin
Pelas normas, o Brasil poderia ser envolvido no caso, já que a aeronave é de fabrincação nacional
A agência russa responsável por investigar situações aéreas no país não vai abrir, “neste momento”, uma investigação internacional sobre o acidente que matou Yevgeny Prigozhin, líder do Grupo Wagner. A informação foi comunicada ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos do Brasil (Cenipa).
Prigozhin viajava de Moscou para São Petersburgo em um avião Embraer Legacy 600, de fabricação brasileira, na última quarta-feira (23), quando a aeronave caiu na cidade de Tver, perto da capital da Rússia, matando todas as dez pessoas a bordo.
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A Convenção de Chicago sobre Aviação Civil prevê que o governo do país onde um acidente aeronáutico acontece pode convidar autoridades do país onde o avião foi fabricado a participar das investigações sobre as causas do acidente. No entanto, esta não é uma medida obrigatória.
Estavam no voo que caiu na região de Moscou, segundo a Autoridade Russa de Aviação Civil:
- Yevgeny Prigozhin
- Dmitry Utkin
- Sergey Propustin
- Yevgeny Makaryan
- Aleksandr Totmin
- Valeriy Chekalov
- Nikolay Matuseev
- Aleksei Levshin (comandante)
- Rustam Karimov (copiloto)
- Kristina Raspopova (comissária de bordo)
O avião Legacy 600 é considerado seguro pelo histórico de poucos acidentes. Autoridades das Forças Armadas dos Estados Unidos afirmaram, nos últimos dias, que suspeitam que o avião tenha sido derrubado devido a uma explosão interna.
O avião caiu ao norte de Moscou, pouco depois de decolar rumo a São Petersburgo. O acidente acontece poucos meses depois de Prigozhin liderar um motim do grupo Wagner contar o governo de Vladimir Putin.
O grupo de mercenários é contratado pelo governo russo para auxiliar em conflitos armados, como na guerra contra a Ucrânia. Depois do motim, Prigozhin passou a ser considerado desafeto de Vladimir Putin.