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Rússia condiciona fim de ataque a desarmamento da Ucrânia

O porta-voz do Kemlin não comenta o veto à entrada do país vizinho na OTAN.

O Liberal

Moscou anunciou que suspenderá a ofensiva militar contra a Ucrânia, na noite de hoje, quinta-feira, 24, - tarde de quinta no Brasil - se o governo ucraniano se render ao desarmamento do país.

A agência oficial russa RT, citando o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, anunciou: "O presidente russo, Vladimir Putin, expressou a disposição de se engajar em discussões com o colega ucraniano, com foco na obtenção de uma garantia de status neutro e a promessa de não ter armas em seu território". Estas condições "possibilitariam a realização da desmilitarização e desnazificação da Ucrânia, e eliminariam o que a Rússia atualmente vê como uma ameaça à segurança de seu Estado e de seu povo".

"O presidente formulou sua visão do que esperaríamos da Ucrânia para que os chamados problemas de 'linha vermelha' fossem resolvidos. Ela corresponde a um 'status neutro' e a uma recusa em instalar armas", disse Peskov.

Ele afirmou que o líder russo vai negociar em algum momento com a Ucrânia. "A operação tem objetivos e eles devem ser alcançados. O presidente disse que todas as decisões foram tomadas e os objetivos serão alcançados", afirmou, demonstrando que a Rússia não vai suspender os ataques enquanto o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, não atender às exigências de Putin.

Em outubro, a Rússia começou a concentrar tropas no Leste da Ucrânia com a justificativa de segurança, principalmente para impedir a entrada da Ucrânia na Organização do Atlântico Norte (Otan), mas esse assunto não foi mencionado pelo porta-voz.

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