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Rússia bombardeia torre de televisão na Ucrânia e funcionários da emissora se escondem

Forças russas também reivindicaram a captura de uma nova localidade a sudoeste da cidade de Donetsk

Sergey Bobok / AFP
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Um bombardeio russo destruiu, nesta segunda-feira (22), a torre de televisão em Kharkiv, a segunda cidade da Ucrânia, e as autoridades de Kiev alertaram que um "período difícil" é esperado no front a partir do próximo mês. 

As forças russas reivindicaram a captura de uma nova localidade a sudoeste da cidade de Donetsk, no leste do país, um novo exemplo da crescente pressão exercida por Moscou na ex-república soviética, invadida em fevereiro de 2022. 

A estrutura da torre de televisão de 240 metros desabou pela metade, confirmou um jornalista da AFP. A instalação já havia sofrido danos após outro ataque russo em março de 2022.

"Os ocupantes atacaram uma infraestrutura de televisão em Kharkiv", confirmou o governador regional, Oleg Synegubov.

"Os funcionários se esconderam durante o alerta. Não houve vítimas", afirmou, acrescentando que houve "interrupções no sinal da televisão".

Imagens divulgadas nas redes sociais e gravadas pouco depois do impacto mostram a parte superior do edifício desabando em uma nuvem de fumaça cinzenta.

Cidade tem sido alvo dos ataques da Rússia

A cidade de Kharkiv, onde viviam mais de 1,4 milhão de pessoas antes da guerra e que está localizada perto da fronteira russa, tem sido atacada com mais frequência pelas forças russas nas últimas semanas. 

As suas infraestruturas energéticas também foram atingidas, causando grandes cortes de energia em março. 

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, viajou no início de abril para as linhas defensivas recentemente escavadas nesta região, onde o front fica a cerca de 40 quilômetros de Kharkiv.

Moscou reivindicou a tomada da cidade de Novomykhailivka

No front, onde as tropas russas ganham terreno desde a queda de Avdiivka em fevereiro, Moscou reivindicou a tomada da cidade de Novomykhailivka, a cerca de 30 quilômetros de Donetsk.

A cidade está localizada perto de Vugledar, uma localidade no cruzamento das frentes sul e leste que a Rússia tenta conquistar há dois anos. 

Várias cidades caíram nas mãos da Rússia nas últimas semanas, em um momento em que o Exército ucraniano enfrenta uma escassez de munições e de pessoal militar, e quando a ajuda militar ocidental demora a chegar. 

Após meses de espera, a Câmara dos Representantes dos EUA aprovou 61 bilhões de dólares em ajuda a Kiev (cerca de 320 bilhões de reais). Mas o texto ainda precisa ser aprovado pelo Senado e promulgado pelo presidente Joe Biden. 

O chefe da Inteligência Militar ucraniana, Kyrylo Budanov, considerou nesta segunda-feira que a situação no front pode piorar em meados de maio e junho. Será um "período difícil" para a Ucrânia, insistiu.

O Exército russo "realiza uma operação complexa", alertou Budanov em uma entrevista ao serviço ucraniano da BBC. "Pensamos que nos espera uma situação difícil em um futuro próximo. Mas temos que compreender que não será catastrófica", considerou. 

Em fevereiro, Moscou conseguiu tomar Avdiivka. E hoje busca conquistar Chasiv Yar. 

A cidade fica 30 quilômetros a sudeste de Kramatorsk, a principal cidade da região de Donetsk que ainda permanece sob controle ucraniano e constitui um importante centro ferroviário e logístico para o Exército.

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Kyiv teme uma ofensiva russa ainda mais poderosa. O comandante-chefe das Forças Armadas ucranianas, Oleksandr Syrsky, alertou em meados de abril que a situação tinha piorado "consideravelmente" na frente leste.

A grande contraofensiva ucraniana do verão de 2023 esbarrou em fortes linhas defensivas russas, que esgotaram os recursos do Exército ucraniano.

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