Repatriado de Gaza celebra retorno: 'Brasil não vai deixar nós nunca'

Mahmoud Abouhalob é um dos 26 repatriados da Faixa de Gaza que desembarcaram em Guarulhos (SP)

O Liberal
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Na manhã desta quarta-feira (15), um dos 26 repatriados da Faixa de Gaza que desembarcaram na Base Aérea em Guarulhos, na Grande São Paulo, Mahmoud Abouhalob, de 40 anos, agradeceu a operação do governo brasileiro para tirá-los da zona de guerra entre Israel e Hamas.

Ele disse que aguarda uma ajuda para resgatar parentes palestinos que permaneceram na região. “Estou confiante que o Brasil não vai deixar nós nunca”, disse Mahmoud, logo após descer da aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) que trouxe os repatriados de Brasília.

O avião da FAB deixou a capital federal por volta das 10h e pousou em Guarulhos às 11h20, com 26 dos 32 repatriados da Faixa de Gaza que chegaram ao Brasil na última segunda-feira (13).

No total, 14 pessoas que não têm familiares no país serão levadas para um abrigo providenciado pelo governo federal no interior de São Paulo. O local não foi divulgado por questão de segurança.

Mahmoud disse que seus familaires palestinos permaneceram em Gaza e que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu ajudar para que eles também sejam retirados da zona de guerra.

“Quero agradecer o governo brasileiro, o presidente Lula, e o povo brasileiro, especialmente”, disse. “Porque eles fizeram tudo para tirar nós de lá, da guerra, de momentos difícieis. Ele, com certeza, vai fazer tudo por nós”, completou.

As 32 pessoas passaram pela imigração no último domingo (12), após pouco mais de um mês de negociações que envolveram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Ministério das Relações Exteriores (MRE), conhecido como Itamaraty, e representantes dos governos do Egito e Israel. O grupo havia cruzado a fronteira entre Gaza e Egito, no Portal de Rafah, na madrugada.

A repatriação realizada pelo governo federal é chamada de Operação Voltando Em Paz e já trouxe mais de 1,4 mil pessoas ao Brasil, todas provenientes de Israel e, mais recentemente, da Cisjordânia e da Faixa de Gaza.

Os brasileiros que estavam em Gaza seguiam fora das listas de estrangeiros permitidos a deixar a região. Essa situação se estendia desde o dia 1º deste mês de novembro.

A pasta do Desenvolvimento Social e a Casa Civil estão organizadas para providenciar identidades, auxiliar em pedidos de refúgio, oportunidades de trabalho e acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS) dos brasileiros vindos de Gaza.

Os governos estrangeiros dizem que há, em Gaza, cidadãos de 44 países, bem como trabalhadores de 28 agências, incluindo organismos da ONU. Esses estrangeiros somariam cerca de 7,5 mil pessoas em Gaza.

O Egito estima que 500 pessoas cruzem a fronteira diariamente

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