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Primeira loja especializada em maconha é aberta em Nova York e atrai público

Fila tem ocupado diariamente todo o quarteirão da Broadway, no sul de Manhattan

O Liberal

Desde o dia 29 de dezembro, a Housing Works Cannabis Store, primeira loja especializada em cannabis - a maconha -, tem feito sucesso em Nova York, nos Estados Unidos. A fila tem ocupado diariamente todo o quarteirão da Broadway, no sul de Manhattan, e na última quinta-feira (5) a aglomeração tinha tanto idosos como adolescentes. As informações são da FolhaPress.

Diretora da agência municipal Cannabis NYC, Dasheeda Dawson, que é autora especialista em marketing e varejo da erva, explica por que a primeira loja autorizada em Manhattan é operada pela Housing Works, uma ONG fundada em 1994 por um grupo de militantes reunidos pela epidemia de Aids. A organização começou com foco no apoio a moradores em situação de rua que eram portadores do HIV e se tornou conhecida na cidade por operar lojas com estoques doados de artigos usados, entre elas uma livraria-café no bairro do Soho.

"A experiência em varejo fez da Housing Works um símbolo ideal para inaugurar o programa", diz Dawson, destacando que a fundação recruta funcionários entre a população que atende, em muitos casos "tirando gente das ruas para ter um emprego decente". Justiça social é fator na concessão de licenças no modelo nova-iorquino, explica a supervisora. "Queremos privilegiar e engajar indivíduos e famílias de condenados por porte de maconha, penalizadas desproporcionalmente por antigas práticas de policiamento".

A estimativa da Prefeitura é de que a nova indústria possa criar até 24 mil empregos e gerar vendas de US$ 1,3 bilhão (R$ 6,8 bilhões) na cidade. É preciso ter 21 anos para entrar na loja da Housing Works, no bairro do East Village. Um funcionário confere os documentos ainda na calçada antes de liberar grupos para formar uma segunda fila dentro da loja. Por enquanto, a loja só aceita dinheiro vivo e não faz entregas. Dawson diz que a viabilização de vendas online para entrega é uma prioridade necessária para acomodar os hábitos de nova-iorquinos.

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