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Presidente da Câmara dos EUA anuncia que Trump será alvo de processo de impeachment

'As ações do presidente violaram seriamente a Constituição', diz Pelosi

Reuters

A presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, disse nesta quinta-feira (5) que instruiu o Comitê Judiciário da Câmara a preparar artigos de impeachment contra o presidente Donald Trump por causa de seu esforço para pressionar a Ucrânia a investigar um rival político.

"Os fatos são incontestes. O presidente abusou de seu poder para seu próprio benefício político à custa da segurança nacional retendo ajuda militar e (uma) reunião crucial no Salão Oval em troca do anúncio de uma investigação de seu rival político", disse Pelosi em uma declaração televisionada.

"Lamentavelmente, mas com confiança e humildade, com lealdade aos nossos fundadores e nossos corações repletos de amor pela América, hoje estou pedindo ao nosso chairman que proceda com os artigos de impeachment", acrescentou, referindo-se ao presidente do Comitê Judiciário da Câmara, Jerrold Nadler.

Pelosi fez os comentários um dia depois de o Comitê Judiciário realizar uma audiência na qual três especialistas em Direito Constitucional convocados por parlamentares democratas disseram que Trump, segundo a Constituição, praticou uma conduta que representa delitos puníveis com um impeachment.

Um quarto especialista convocado por parlamentares republicanos classificou o inquérito de impeachment comandado pelos democratas como apressado e falho.

Nesta semana, o Comitê de Inteligência da Câmara apresentou as conclusões de seu inquérito sobre a pressão de Trump para o governo ucraniano iniciar uma investigação ligada ao ex-vice-presidente Joe Biden, um dos favoritos para conseguir a candidatura presidencial democrata para 2020. Trump também queria que a Ucrânia analisasse a teoria desacreditada de que a Ucrânia, e não a Rússia, interferiu na eleição norte-americana de 2016.

Os democrata acusam Trump de abusar de seu poder ao reter 391 milhões de dólares em auxílio de segurança à Ucrânia --um aliada dos EUA que enfrenta agressões russas-- para pressionar o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, a anunciar a investigação.

Trump nega qualquer irregularidade e rotulou a investigação como uma farsa.

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