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ONU exige acesso internacional à usina nuclear da Ucrânia após novo ataque

AIEA alertou que o último ataque “sublinha o risco muito real de um desastre nuclear"

Luciana Carvalho

Nesta segunda-feira (8), o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antônio Guterres, pediu que inspetores internacionais tenham acesso à usina nuclear de Zaporizhzhia depois que Ucrânia e Rússia trocaram acusações sobre o bombardeio da maior usina atômica da Europa no fim de semana. As informações são da CNN Brasil.

“Qualquer ataque a uma usina nuclear é uma coisa suicida”, disse Guterres no último sábado em entrevista coletiva no Japão, onde participou da Cerimônia do Memorial da Paz de Hiroshima para comemorar o 77º aniversário do primeiro bombardeio atômico do mundo.

As forças russas capturaram o complexo do reator nuclear de Zaporizhzhia, no sudeste da Ucrânia, no início de março, logo após a invasão de seu vizinho por Moscou, mas ainda é administrado por técnicos ucranianos.

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Ucrânia x Rússia

A Ucrânia acusou a Rússia de responsabilidade pelo novo bombardeio no sábado, que danificou três sensores de radiação e feriu um trabalhador da usina, no que foi o segundo ataque em dias consecutivos no local.

Em um discurso televisionado no domingo (7), o presidente ucranianoVolodymyr Zelensky, disse que a Rússia está praticando “terror nuclear”, o que justifica mais sanções internacionais, desta vez contra o setor nuclear de Moscou.

A autoridade russa instalada na região disse que as forças ucranianas atingiram o local com um lançador múltiplo de foguetes, danificando prédios administrativos e uma área perto de uma instalação de armazenamento.

A Embaixada da Rússia em Washington também detalhou os danos, dizendo que o fogo de artilharia de “nacionalistas ucranianos” danificou duas linhas de alta tensão e um oleoduto, mas a infraestrutura crítica não foi afetada.

A Reuters não pôde verificar a versão de nenhum dos lados sobre o que aconteceu.

Os eventos no local de Zaporizhzhia, onde Kiev alegou que a Rússia atingiu uma linha de energia na sexta-feira (5), alarmaram o mundo.

Acesso à usina

Guterres disse que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) precisava de acesso à usina. “Apoiamos totalmente a AIEA em todos os seus esforços em relação a criar as condições para a estabilização da planta”, disse ele.

O diretor-geral da AIEA, Rafael Mariano Grossi, alertou no sábado que o último ataque “sublinha o risco muito real de um desastre nuclear”.

(Luciana Carvalho, estagiária da Redação sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política).

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