Ministério do Líbano sob pressão após ministros renunciarem e raiva cada vez maior pela explosão

Primeiro-ministro Hassan Diab afirmou que pedirá eleições antecipadas ao Parlamento

Reuters
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O Ministério do Líbano sofreu mais pressão para renunciar nesta segunda-feira, 10, após a explosão devastadora que motivou manifestações raivosas contra o governo e as renúncias de vários ministros. O da Justiça foi o último a deixar o cargo, e o da Economia deve ser o próximo.

A explosão de mais de 2.000 toneladas de nitrato de amônio em um armazém portuário em 4 de agosto matou pelo menos 158 pessoas, feriu 6 mil e destruiu partes da cidade mediterrânea, agravando meses de derretimento político e econômico.

O ministério, formado em janeiro com o apoio do Hezbollah, poderoso grupo endossado pelo Irã, e seus aliados, havia marcado uma reunião para esta segunda-feira, com muitos ministros querendo renunciar, afirmaram fontes ministeriais e políticas.

Os ministros da Informação e do Meio Ambiente renunciaram no domingo, assim como vários parlamentares, e o ministro da Justiça seguiu o mesmo caminho, nesta segunda-feira.

O ministro da Economia, Ghazi Wazni, negociador-chave junto ao FMI por um plano de resgate para ajudar o Líbano a sair de sua crise financeira, preparou sua carta de renúncia e a levou para a reunião, disseram uma fonte próxima a ele e a imprensa local.

"Todo o regime precisa mudar. Não fará diferença se houver um novo governo", disse o engenheiro Joe Haddad, à Reuters. "Precisamos de eleições rapidamente."

O primeiro-ministro Hassan Diab afirmou, no sábado, que pediria eleições antecipadas ao Parlamento.

O presidente do Líbano havia dito que o material explosivo foi armazenado sem segurança durante anos no porto. Depois, afirmou que a investigação consideraria se a causa foi alguma interferência externa, negligência ou um acidente.

O governador de Beirute afirmou que muitos trabalhadores e motoristas de caminhões estrangeiros permaneciam desaparecidos e se presume que estejam entre os mortos, complicando as tentativas de identificar as vítimas.

As manifestações contra o governo nos últimos dias foram as maiores desde outubro, quando houve protestos contra a crise econômica enraizada em corrupção endêmica, desperdícios e má gestão. Manifestantes acusaram a elite política de usar os recursos do Estado em benefício próprio.

A casa e a oficina de Eli Abi Hanna foram destruídas na explosão.

"A economia já era um desastre e agora eu não tenho mais como ganhar dinheiro", disse. "Era mais fácil ganhar dinheiro durante a guerra civil. Os políticos e o desastre econômico arruinaram tudo."

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