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Marcha em homenagem a adolescente morto pela polícia termina em confrontos na França

Primeira-ministra francesa, Élisabeth Borne fez um apelo para evitar uma escalada de violência

O Liberal
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Uma marcha em homenagem a um adolescente que foi baleado pela polícia em um subúrbio de Paris resultou em confrontos com as forças de segurança nesta quinta-feira (29) na França, que se prepara para uma terceira noite de distúrbios. Cerca de 6.200 pessoas participaram da marcha em Nanterre, onde o jovem Nahel, de 17 anos, perdeu a vida na terça-feira. No entanto, a manifestação acabou com ataques da polícia, incêndios em carros e mobiliário urbano, além do uso de gás lacrimogêneo.

A tensão está em níveis máximos, e a primeira-ministra francesa, Élisabeth Borne, fez um apelo para evitar uma escalada de violência, enfatizando que a Justiça está encarregada do caso. Os protestos em decorrência da morte de Nahel resultaram em incêndios em carros, sedes de prefeituras, escolas e delegacias em várias cidades francesas.

Segunda noite: 180 detidos e 170 agentes de segurança feridos

A segunda noite de distúrbios registrou 180 detidos e 170 agentes de segurança feridos, de acordo com as autoridades. O país enfrenta uma nova onda de protestos violentos, após as manifestações relacionadas à impopular reforma da Previdência. O incidente que desencadeou os distúrbios foi a morte de Nahel na terça-feira, quando ele foi baleado pela polícia durante uma operação de controle de trânsito em Nanterre, após se recusar a obedecer às ordens dos agentes.

A autenticidade de um vídeo publicado nas redes sociais, no qual um policial aponta uma arma para o motorista e dispara à queima-roupa quando o veículo acelera, foi confirmada pela AFP. No entanto, não está claro quem pronunciou a frase "Você vai levar um tiro na cabeça", que pode ser ouvida no vídeo. O jovem tentou fugir, mas colidiu com um poste alguns metros à frente. Ele foi atingido por um tiro no tórax e morreu pouco depois.

Nesta quinta-feira, o policial de 38 anos suspeito de ter realizado o disparo foi colocado em prisão preventiva por homicídio doloso. A Promotoria considerou que o uso de sua arma não se justificava legalmente. O presidente Emmanuel Macron e o jogador de futebol Kylian Mbappé expressaram indignação com o incidente. Para evitar novos distúrbios, o ministro do Interior, Gérald Darmanin, anunciou a mobilização de 40.000 policiais e gendarmes, incluindo 5.000 em Paris, nesta quinta-feira.

A França ainda se lembra dos tumultos de 2005, que eclodiram nos subúrbios das grandes cidades após a morte de dois adolescentes eletrocutados enquanto fugiam da polícia em Clichy-sous-Bois, no nordeste de Paris. A violência policial também tem sido uma questão recorrente no país, com 13 pessoas morrendo em situações semelhantes à de Nahel em 2022. Os manifestantes de Nanterre clamavam por justiça e pediam que casos como esse nunca mais se repitam. O governo enfrenta um momento delicado, com críticas crescentes e a necessidade de agir com firmeza para controlar os distúrbios, ao mesmo tempo em que busca acalmar a tensão e evitar seu agravamento.

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