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Lei marcial: homens com idade entre 18 e 60 anos estão proibidos de sair da Ucrânia; entenda

Após o ataque russo, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, decretou norma implementada em cenários de conflitos que substitui as leis e autoridades civis por leis militares

O Liberal

As imagens de um ucraniano e da filha dele chorando enquanto se despedem um do outro comoveu o mundo, em meio ao terror da guerra entre Rússia e Ucrânia. O homem enviava a menina para um lugar seguro, antes de se alistar para lutar no conflito. Mesmo se quisesse ir com a filha, ele não teria escolha. Todos os cidadãos do sexo masculino, com idades entre 18 e 60 anos, estão proibidos de deixar a Ucrânia, segundo o Serviço de Guarda de Fronteiras do Estado. As informações são do G1 Mundo.

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Após o ataque russo, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, decretou a Lei Marcial, norma implementada em cenários de conflitos, crises civis e políticas, que substitui as leis e autoridades civis por leis militares. Ela pode ser aplicada também quando ocorrem desastres naturais, catástrofes e outras situações de caos, tirando as funções de autoridades como políticos e diplomatas, e concentrando essas decisões em membros de alta patente do Exército.

Uma brasileira de 29 anos, Iasmin Avhustovych, também vive as consequências da medida. Casada há seis meses com um ucraniano, ela buscou refúgio na Polônia, mas seu marido permaneceu na Ucrânia aguardando a convocação pelo Exército para o voluntariado no conflito armado.

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“Meu marido achou melhor que eu fosse para a Polônia, ainda que eu não quisesse. Por enquanto, as notícias que temos são de ataques em todo o país, especialmente em áreas militares, e que as sirenes de emergência indicarão a necessidade de ir a uma base de proteção", explicou.

Brasileira Iasmin Avhustovych também enfrenta as consequências da guerra (Arquivo pessoal)

O cientista político da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Cláudio Couto, explica que a medida é usada em situações excepcionais. "Quando uma nação imerge em cenários de extrema complexidade, como a guerra que está se materializando entre Rússia e Ucrânia, o exército do país atua como agente decisivo para a segurança da população", diz o professor.

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