Influencer utiliza sangue menstrual como máscara para rosto e viraliza; entenda a prática
Sa-Rah Sol acumula mais de 11 mil seguidores no Instagram e se denomina educadora de ciclo menstrual e terapeuta uterina
A influencer egípcia Sa-Rah Sol viralizou ao utilizar sangue menstrual como máscara para o rosto. Em seu perfil no Instagram, a mulher de 32 anos acumula 11,4 mil seguidores e se denomina educadora de ciclo menstrual e terapeuta uterina. Sa-Rah afirma que o sangue menstrual é sagrado.
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“Você quer o antigo segredo feminino para uma pele jovem e brilhante? Bem, agora você sabe qual é. Sai daí de baixo... Bem entre suas pernas”, escreveu a influencer. No vídeo, Sa-Rah aparece com um líquido vermelho no rosto. Ela diz que utilizou na face o sangue menstrual durante seus últimos seis ciclos e houve melhora drástica na pele.
Em outra publicação, Sa-Rah mostrou o antes e depois do seu rosto ao utilizar a máscara facial com o fluido uterino. “Suas manchas desaparecem, suas lesões curam e a qualidade da sua pele melhora drasticamente após aplicar sangue menstrual no rosto”, escreveu na legenda. Sa-Rah afirma que não recomendaria algo se não tivesse testado e visto os resultados.
Nos comentários, alguns internautas apoiaram a prática e exaltaram como Sa-Rah lida com a menstruação. “Minha querida, você mostrou aqui algo que 99% das mulheres não entendem o quão mágico é nosso período [menstrual]”, disse uma. “Esse era o conselho da minha avó para tratar acne facial. Estou surpresa”, declarou outra.
Entretanto, a influencer também recebeu diversos comentários negativos sobre a atitude. “Você esqueceu de mencionar, você também tem bactéria no sangue menstrual”, relembrou uma usuária. “E se você tiver uma inflamação?”, questionou outra. “Isso deve cheirar mal”, disse outro.
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Apesar da prática adotada, não há eficácia cientificamente comprovada ao passar sangue menstrual no rosto. “Existem muitas lendas sobre o cuidado com a pele. Algumas funcionam de fato, outras não. Essa do sangue menstrual é uma delas que não existe estudo que mostre a eficácia e não há recomendações médicas”, declara Patrícia Ormiga, coordenadora do Departamento de Cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia do Rio de Janeiro. Em entrevista ao Globo, a especialista alertou sobre a presença de bactérias na menstruação e, em casos de lesões ou espinhas, podem evoluir para dermatites, infecções e outras doenças mais graves.
(*Lívia Ximenes, estagiária sob supervisão da coordenadora de Oliberal.com, Heloá Canali)