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Homem passa por cirurgia após enfiar copo de vidro pelo ânus para ter satisfação sexual

Médicos fizeram uma incisão pelo intestino devido a possibilidade do objeto se quebrar dentro do paciente

Emilly Melo

Um homem, de 47 anos, correu um sério risco após ficar com um copo de vidro, de cerca de 12 centímetros, preso durante três dias na parte superior do intestino. O caso foi relatado pelos médicos do Hospital de Ensino da Faculdade de Medicina do Nepal, em um artigo publicado no Journal of Nepal Medical Association, em dezembro de 2022. 

O paciente, que não teve a identidade revelada, procurou atendimento médico depois de várias tentativas frustradas de retirar o objeto sozinho. Ele se queixava de dores e negou ter colocado o copo propositalmente. No entanto, ele acabou admitindo que introduziu o objeto pelo ânus enquanto estava bêbado, com o objetivo de se satisfazer sexualmente. 

“O corpo estranho retal é uma apresentação rara, muitas vezes relacionada à gratificação sexual, agressão sexual ou resultado de ingestão e raramente acidental, e com incidência crescente”, escreveram os médicos que cuidaram do caso.

Remoção

Na primeira tentativa de remover o objeto do corpo do paciente, os médicos solicitaram que ele deitasse com as pernas para cima, para uma retirada manual, mas não obtiveram sucesso.

O principal complicador era a possibilidade do copo se quebrar dentro do homem. A sigmoidoscopia — exame para avaliar a parte inferior do intestino grosso com um tubo flexível e fino — também foi descartada pelos profissionais. 

“O copo não podia ser agarrado para remoção e havia risco significativamente alto de quebra do vidro, que poderia, por sua vez, levar a lesões no intestino”, afirmaram os cirurgiões.

A melhor opção que os médicos encontraram foi realizar uma cirurgia, com uma incisão feita no intestino. Cinco dias após o procedimento, o homem conseguiu ir ao banheiro normalmente. Um dreno pélvico foi inserido para evitar o acúmulo de líquido, e removido após seis dias. 

Uma consulta de acompanhamento feita dois meses depois mostrou que o paciente se recuperava bem, sem complicações.

(*Emilly Melo, estagiária, sob supervisão de Hamilton Braga, coordenador do Núcleo de Política)

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