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Governos da UE limitam vendas de armas à Turquia, mas evitam embargos

Diplomatas disseram que os ministros de Relações Exteriores não estavam prontos para um embargo, apesar da irritação do presidente Tayyip Erdogan

Reuters

Os países da União Europeia concordaram nesta segunda-feira em limitar as exportações de armas para a Turquia por sua ofensiva no norte da Síria, mas evitaram o embargo contra a aliada da Otan.

A Itália, maior exportadora de armas para a Turquia no ano passado, disse que se juntaria à proibição de vender armas e munições para Ancara após uma decisão do fim de semana de França e Alemanha de suspender as vendas, e a Espanha sinalizou que estava pronta para fazer o mesmo.

Com uma série de outros países, incluindo Holanda, Finlândia e Suécia, interrompendo essas exportações, a posição coletiva da UE visa principalmente evitar um embargo legalmente vinculativo à Turquia, candidata de longa data a ingressar no bloco.

Um embargo completo teria colocado a Turquia no mesmo grupo de Venezuela e Rússia, países que a UE considera hostis e contra os quais existe uma proibição formal. Diplomatas disseram que os ministros não estavam prontos para um embargo, apesar da irritação do presidente Tayyip Erdogan.

"Não queremos apoiar esta guerra e não queremos disponibilizar armas", disse o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas. Os ministros das Relações Exteriores também concordaram em estabelecer sanções econômicas a Ancara por causa da perfuração turca de petróleo e gás perto de Chipre, embora os nomes venham em estágio posterior. 

O governo turco disse que "rejeitou e condenou totalmente" as decisões e os pedidos feitos pela UE sobre as duas questões. "Vamos analisar seriamente nossa cooperação com a UE em certas áreas devido à sua atitude ilegal e tendenciosa", afirmou o Ministério das Relações Exteriores da Turquia.

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