MENU

BUSCA

Fenômeno meteorológico raro é captado pela primeira vez em alta qualidade

Imagem foi feita na ilha de Porto Rico

O Liberal

Um fenômeno meteorológico bastante raro foi registrado pelo fotógrafo Frankie Lucena no dia 20 de setembro, em Cabo Rojo, Porto Rico. Esta foi a primeira vez que alguém conseguiu fotografar o evento em alta qualidade. Trata-se de um um jato gigante, classificado como um Evento Luminoso Transiente (do inglês Transient Luminous Events - TLE) que ocorre acima de nuvens de tempestade e está ligado à ocorrência de relâmpagos. Duram menos de um segundo e, por isso mesmo, são muito difíceis de registrar. As informações são do portal Yahoo.

De acordo com o mestrando em meteorologia no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) Diego Rhamon, entre os TLEs, os jatos gigantes são os mais raros. "É o único TLE que liga diretamente o topo da nuvem à ionosfera - uma das camadas da atmosfera. A parte inferior possui uma estrutura mais estreita, semelhante ao tronco de uma árvore, com coloração azul/roxa, que gradualmente se ramifica e se torna avermelhada nas proximidades da parte superior", descreve. 

Até então os registros feitos desse tipo de fenômeno tinham baixa qualidade, mas a foto captada pelas lentes de Frankie Lucena repercutiram justamente pela nitidez e precisão. Para conseguir uma foto de um jato gigante é preciso ter um equipamento de ponta, com câmera sensível à luz noturna e lentes apropriadas.

Diego Rhamon destaca que, apesar da dificuldade de registro, o fenômeno é visível à olho nu. "Mas é bem tênue, e é bom a pessoa estar em um local bem escuro", afirma o especialista. Ele alerta que é possível confundir os jatos gigantes com outro fenômeno mais comum, os sprites, que também estão inseridos na categoria de TLE.

"Os sprites estão relacionados com a ocorrência de relâmpagos do tipo nuvem-solo, geralmente de polaridade positiva. Têm coloração avermelhada e apresentam diversas ramificações na sua estrutura. Eles podem ocorrer em altitudes que vão de 30 a 90-100 km [também na ionosfera]. A maior diferença na aparência dos dois está na parte inferior e central", esclarece Rhamon.

Mundo