Epidemiologista alerta que o mundo terá 'overdose de sexo' com o fim da pandemia
O médico Nicholas Christakis explica que as pessoas vão tentar recuperar o tempo perdido, como ocorreu com o fim da gripe espanhola, em 1818
O tão sonhado fim da pandemia do coronavírus pode despertar mudanças comportamentais na sociedade, como uma overdose de sexo, a luxúria e a violação de outros pecados capitais, segundo o epidemiologista social Nicholas Christakis, da Universidade de Yale (EUA).
A explicação para a mudança radical daqui há quatro anos é simples e, até pertubadora, o ser humano pretende recuperar todos os momentos perdidos diante de tanta abdicação e comportamentos conversadores adotados durante a crise.
"Durante as epidemias, aumenta a religiosidade, as pessoas se tornam mais abstêmias, economizam dinheiro, ficam avessas ao risco e estamos vendo tudo isto agora, assim como aconteceu por centenas de anos durante as epidemias", explicou ao "The Guardian" o especialista, que está lançando um livro sobre o tema.
Um exemplo usado pelo médico, foram os anos 1920, da qual a incorporação de novos costumes sociais, foi uma resposta à gripe espanhola, que assolou o mundo em 1918, provocando retração e deixando vários mortos.
"As pessoas buscarão implacavelmente as interações sociais", disse Christakis, alertando que o desejo sexual será o' boom' econômico nos próximos anos.