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"É hora disso acabar": Equipe de Trump pede absolvição em julgamento de impeachment

A próxima fase do julgamento envolve perguntas dos 100 senadores aos advogados que representam Trump e aos sete democratas da Câmara dos Deputados que atuam como procuradores no processo

Reuters
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Dizendo que "é hora disso acabar", a equipe jurídica do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apelou ao Senado norte-americano nesta terça-feira para que ele seja absolvido no julgamento do impeachment, tentando marginalizar as alegações explosivas do ex-conselheiro de Segurança Nacional John Bolton sobre a conduta de Trump. 

Os advogados de Trump encerraram o terceiro e último dia reservado para os argumentos de abertura do processo com a questão crucial sobre a convocação ou não de testemunhas - incluindo Bolton - ainda não resolvida no Senado controlado pelos colegas de Partido Republicano do presidente, que quase certamente devem votar para mantê-lo no cargo enquanto ele se prepara para disputar sua reeleição no dia 3 de novembro. 

"A eleição está a apenas meses de distância. O povo americano tem o direito de escolher seu presidente. Reverter eleições do passado e interferir significativamente na próxima eleição poderia causar danos sérios e duradouros para o povo dos Estados Unidos e para nosso grande país. O Senado não pode permitir que isso aconteça", disse o advogado da Casa Branca Pat Cipollone ao Senado. 

"É hora disso acabar, aqui e agora. Então, pedimos que o Senado rejeite esses artigos de impeachment." 

A próxima fase do julgamento envolve perguntas dos 100 senadores aos advogados que representam Trump e aos sete parlamentares democratas da Câmara dos Deputados que atuam como procuradores no processo.

A Câmara, liderada pelos democratas, aprovou o impeachment do empresário que se tornou político por acusações de abuso de poder e de obstrução ao Congresso em um caso onde Trump teria pedido que a Ucrânia investigasse seu rival político Joe Biden. 

Adam Schiff, no papel de principal procurador dos democratas no caso contra Trump, na semana passada disse que a pergunta continuava sobre se o julgamento era justo ou injusto, já que os republicanos até agora recusam a permissão de depoimentos de testemunhas e a apresentação de novas evidências. 

"Um julgamento justo envolve testemunhas e envolve documentos", disse Schiff a jornalistas. 

O Senado pode resolver a questão de convocar ou não testemunhas em uma votação na sexta-feira ou no sábado. 

A equipe jurídica de Trump buscou minimizar a importância do manuscrito de livro não publicado de Bolton que descreve o papel central de Trump em uma campanha para pressionar a Ucrânia a investigar Biden, um dos principais postulantes à nomeação democrata para enfrentar Trump nas eleições presidenciais que acontecerão em novembro. 

"Você não pode impedir um presidente por uma acusação sem fontes", disse o advogado pessoal de Trump Jay Sekulow ao Senado. 

Contradizendo diretamente a versão de Trump, Bolton escreveu no manuscrito que o presidente havia pedido que ele congelasse 391 milhões de dólares em auxílio de segurança à Ucrânia até que o governo de Kiev investigasse democratas incluindo Biden e seu filho Hunter Biden, segundo reportou o New York Times. 

As alegações de Bolton reafirmam a peça central das acusações de impeachment contra Trump. Democratas dizem que Trump abusou de seu poder ao utilizar o auxílio de segurança - aprovado pelo Congresso para ajudar a Ucrânia na batalha contra separatistas apoiados pela Rússia - como moeda de troca para difamar um rival político. 

Sekulow ressaltou que seu colega na equipe jurídica de Trump Alan Dershowitz disse a senadores na noite de segunda-feira que mesmo se o que Bolton diz é verdade, aquilo não representaria uma conduta digna de impeachment. 

Bolton deixou seu cargo na Casa Branca no final de setembro. Trump diz ter demitido o ex-conselheiro, mas Bolton afirma ter saído após discordâncias políticas. 

Trump nega ter dito a Bolton que buscava utilizar o auxílio à Ucrânia como moeda para que Kiev investigasse Biden e seu filho. Ele nega qualquer "quid pro quo" - o termo em Latim que remete à troca de favores - em suas negociações com a Ucrânia.

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