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Covid-19: fim da emergência global não significa o fim da pandemia; entenda

A alteração afeta a importância quanto aos investimentos em relação à pandemia

Carolina Mota

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou, nesta sexta-feira (5), que a covid-19 não é mais Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), o alerta máximo da organização declarado para o surto do coronavírus, em janeiro de 2020. A decisão não altera o título de pandemia de covid.

A líder técnica da OMS, Maria Van Kerkhove, explicou, em um vídeo, que, mesmo que a organização decretasse o fim da emergência este ano, o mundo ainda poderia ter que lidar com a pandemia de covid.

Entenda os termos:

ESPII é um termo técnico que passa por diversos critérios até ser decretado. O status é importante para a coordenação de esforços de saúde pública internacional, além de ser o mais alto nível de alerta da OMS.

O término da emergência pode significar que a colaboração internacional, envolvendo esforços de financiamento, também serão encerrados ou mudarão de foco.

Já o termo "pandemia" faz referência à disseminação mundial de uma nova doença. Para a OMS, a declaração de uma pandemia é uma caracterização de uma situação.

"Ontem, o Comitê de Emergência se reuniu pela 15ª vez e me recomendou que eu declarasse o fim da emergência de saúde pública de importância internacional. Aceitei esse conselho. É, portanto, com grande esperança que declaro a covid-19 como uma emergência de saúde global. No entanto, isso não significa que a covid-19 acabou como uma ameaça à saúde global. Na semana passada, a covid ceifou uma vida a cada três minutos – e essas são apenas as mortes que conhecemos", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, durante o anúncio.

Margareth Dalcolmo, presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia, explicou em entrevista, que o decreto é apenas formal e não muda muita coisa, mas ela espera que a decisão da OMS não afete medidas que facilitam o acesso aos insumos, vacinas e outros procedimentos, principalmente por países mais pobres.

"Espero que isso [o fim da emergência] não implique em uma dificuldade de acesso às vacinas e todos os procedimentos que são necessários. É preciso reconhecer que a transmissão epidêmica está controlada, com altas coberturas vacinais que conseguimos. Mas isso implica que medidas sanitárias, coletivas e individuais sejam mantidas", explicou Dalcolmo.

Carolina Mota, estagiária sob supervisão de Elisa Vaz, repórter do Núcleo de Política e Economia*

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