Coronavírus pode sobreviver até 28 dias no celular
Pesquisadores descobriram que o Sars-CoV-2 vive mais em materiais lisos, como vidro, e menos em porosos, como o algodão

Cientistas australianos descobriram, recentemente, que o vírus causador da covid-19, o Sars-CoV-2, pode sobreviver por até 28 dias em superfícies como o vidro de telefones celulares, aço inoxidável, vinil e notas de papel. Mas a principal forma de transmissão continua sendo por gotículas saídas da boca.
A agência científica nacional, a CSIRO, disse que a pesquisa realizada no Centro Australiano de Preparação para Doenças (ACDP), em Geelong, também descobriu que o Sars-CoV-2 sobreviveu por mais tempo em temperaturas mais baixas.
O vírus sobreviveu mais nas notas de papel do que nas de plástico e durou mais em superfícies lisas do que em superfícies porosas, como o algodão.
No entanto, o experimento foi feito em um ambiente escuro, que anula os efeitos da luz ultravioleta da radiação solar. Peter Collignon, professor de doenças infecciosas da Australian National University, disse que a exposição em locais abertos reduz a vida do vírus nas superfícies.
“É um fator, e é por isso demonstra que o exterior é provavelmente mais seguro do que o interior, porque a luz ultravioleta está lá e o vírus pode ser inativado em parques infantis e em outros lugares ao sol”, disse ele.
Também há uma incerteza significativa sobre como exatamente grandes superfícies podem atuar na transmissão do vírus.
“[O estudo] mostra que o vírus pode persistir... mas se você me perguntar, de modo geral, a relevância [da sobrevivência em superfícies e o contágio pelas mãos tocando esses materiais], acho que estar perto de pessoas que estão doentes e contraí-las abrange 90% da transmissão, quando essas pessoas tossem ou espirram sobre você ou lhe enviam gotículas. Provavelmente cerca de 10% da transmissão será feita apenas pelas mãos e superfícies”, disse Collignon.
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