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China volta a enfrentar surto de peste suína

A peste suína africana é doença hemorrágica, altamente contagiosa, que pode matar porcos e javalis nos primeiros dez dias após contraírem a infecção

Luciana Carvalho

Segundo o portal de notícias chinês Sohu, recentemente, 18 das 31 regiões administrativas da China registraram novos casos do surtos de peste suína africana, especialmente nas regiões de Liaoning (Nordeste), Shandong (Leste), Hebei (Norte) e Shanxi (Norte).

De acordo com a Organização Mundial da Saúde Animal, não há atualmente uma vacina eficaz contra a peste suína africana. O Sohu relatou que a China está desenvolvendo um tipo de vacina para conter a doença, mas que no entanto, o imunizante não estará disponível antes do final deste ano.

A peste suína africana é doença hemorrágica, altamente contagiosa, que pode matar porcos e javalis nos primeiros dez dias após contraírem a infecção. Diferentes estimativas indicam que a China perdeu mais de 130 milhões de porcos na primeira onda da doença.

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Isso teve efeitos inflacionários em nível global, já que a China é o país que mais consome carne de porco. As interrupções nas cadeias de fornecimento doméstico implicam a reorganização dos mercados de proteínas globais e aumento dos preços.

Durante a onda de 2018 e 2019, as autoridades chinesas concederam autorização para que os matadouros portugueses Maporal, ICM Pork e Montalva exportassem para o país. Para os produtores portugueses, o acesso ao maior mercado do mundo foi considerado como o "evento mais significativo" para a suinocultura nacional "nos últimos 40 anos"

Estimativas da Bloomberg sugerem que a China perdeu quase metade dos seus porcos durante o último surto, em larga escala, da doença, que é inofensiva para humanos e outros animais. Analistas citados pela agência preveem que o atual surto pode fazer com que o país asiático perca entre 8% e 15% de sua produção de carne suína.

(Luciana Carvalho, estagiária da Redação sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política).

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