Casal cria abrigo com ‘caixinha do bebê’ para acolher crianças indesejadas por suas famílias
O mini ‘bercinho’ é o lugar para as mamães que não querem ser identificadas possam colocar a criança sem julgamentos
Um casal decidiu abrir as portas da própria casa, e também do coração, assumindo a responsabilidade de cuidar de bebês indesejados e abandonados por suas famílias. A fundação chamada Ruach Elohim, que significa 'Respiração de Deus' em hebraico, é uma organização voluntária sem fins lucrativos, na Namíbia, África.
A ação, fundada pela família Peters, iniciou-se há dois anos quando eles, já com três filhos adultos, se mudaram da capital da cidade para Swakopmund. Após fortes relatos na mídia de abandono de crianças, o projeto nasceu com o intuito de conscientizar e encorajar as mulheres a não abortarem ou despejarem suas crias.
“Embora tenhamos essa instalação, percebemos que os bebês ainda são despejados e deixados em locais inseguros. Isso nos levou à conclusão de que mães desesperadas não sabem que existem locais seguros onde podem deixar seus bebês anonimamente”, disse Peters, uma das fundadoras.
Levando como lema do abrigo que ‘todo bebê merece viver e ser amado’, em abril deste ano, o marido de Peters, Ronel, criou um buraco no muro do local, colocou tecido almofadado e chamou de ‘baby box’. O mini ‘bercinho’ nada mais é do que um lugar para as mamães que não querem ser identificadas possam colocar a criança e ir embora.
Ao lado da ‘baby box’, tem uma placa escrita com os dizeres: ‘Gravidez não planejada? Bebê indesejado? Por favor, não aborte, mate ou jogue fora o seu bebê! Coloque seu bebê indesejado com segurança nesta caixa de proteção para bebês. Sem julgamentos, sem acusações. Confidencial e anônimo’.
A atitude do casal viralizou nas redes sociais e foi chamada de ‘combo de amor’. No entanto, dividiu opiniões entre os internautas. “Gostei do projeto, apesar de não concordar com o lema não aborte, até porque não é tão fácil assim. Mas muito legal mesmo, antes em uma baby box do que no lixo”, disse uma seguidora.
“Vocês acham mais bonito mesmo uma mãe ter que abandonar um filho do que ela poder escolher seguir com a gravidez ou não? Que absurdo, sério”, alfinetou uma outra. “Esse caro é um ser raríssimo”, elogiou a terceira.
“Atitude linda de adotar. Mas se a mãe preferir abortar, tem que ser apoiada tbm... gravidez também envolve cuidados, gastos e julgamentos que algumas mulheres não querem passar...e está tudo bem também”, disse uma quarta.
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