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Calor extremo: julho de 2023 pode ser o mês mais quente da história, alerta Nasa

Para o próximo ano, a agência espacial prevê temperaturas ainda mais elevadas

O Liberal

O climatologista-chefe da agência espacial americana Nasa, Gavin Schmidt, afirmou que este mês de julho será provavelmente o mês mais quente em "centenas, senão milhares, de anos". Recordes diários de calor foram registrados nas últimas semanas por ferramentas de medição da União Europeia (UE) e da Universidade do Maine, nos Estados Unidos, que combinam dados coletados por satélites, aviões, drones e navios para gerar estimativas preliminares. 

Para o ano 2024, a previsão da Nasa é de temperaturas ainda mais elevadas. "Estamos vendo mudanças sem precedentes no mundo todo. As ondas de calor que vemos nos EUA, na Europa e na China estão quebrando recordes", observou Schmidt. As declarações foram dadas nesta quinta-feira (20), durante coletiva de imprensa em Washington para divulgar um resumo das últimas observações meteorológicas da agência.

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De acordo com o climatologista, a situação não pode ser atribuída apenas ao fenômeno climático El Niño, que, "acaba de começar". Ele afirma que o calor é geral e está sendo observado em praticamente em todos os lugares, principalmente nos oceanos. "Temos visto temperaturas recordes na superfície do mar, mesmo fora dos trópicos, há muitos meses", acrescentou. As temperaturas no Vale da Morte, na Califórnia, chegaram a surpreendentes 53,3°C no último domingo (16), segundo o Serviço Meteorológico Nacional dos EUA.

Schmidt alerta ainda para uma provável manutenção da tendência de alta, sobretudo devido ao lançamento contínuo de gases de efeito estufa na atmosfera.

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Com os fenômenos climáticos atuais, também há uma probabilidade maior de 2023 ser o ano mais quente da história. Para o cientista da Nasa, a probabilidade de isso acontecer é de 50%, porém, outros pesquisadores chegam a falar em 80%. "Acreditamos que 2024 será um ano ainda mais quente, porque iremos começar a sentir o evento El Niño que está começando agora e deverá atingir seu pico no final deste ano."

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