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Cadernos de Charles Darwin reapareceram misteriosamente 22 anos após sumiço em Cambridge

Um deles contém o esboço da 'Árvore da Vida', que se tornou o símbolo da teoria da evolução do naturalista inglês

Luciana Carvalho

Desaparecidos há mais de 22 anos da Universidade britânica de Cambridge, no Reino Unido, e considerados como “roubados”, dois preciosos cadernos de Charles Darwin reapareceram misteriosamente em uma sacola de presente depositada na biblioteca com um cartão de felicitações. As informações são do portal G1 Nacional.

Um deles contém o esboço da "Árvore da Vida", que se tornou o símbolo da teoria da evolução do naturalista inglês. Os pequenos blocos com capa de couro valem milhões de libras.

O regresso deles acontece 15 meses depois de a BBC ter destacado pela primeira vez que haviam desaparecido e a biblioteca ter lançado um apelo mundial para encontrá-los.

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Eles foram deixados anonimamente em uma sacola de presente rosa brilhante contendo a caixa azul original em que os cadernos estavam guardados e um envelope pardo simples. Nele, estava impressa uma breve mensagem: "Bibliotecária, Feliz Páscoa. Beijo". Mas a identidade de quem devolveu os dois bloquinhos de anotações, do tamanho de um cartão-postal, é um verdadeiro mistério.

"Achei que levaria anos. Meu sentimento de alívio pelo retorno seguro dos blocos é profundo e quase impossível de expressar adequadamente. Fiquei com o coração partido ao saber da perda deles e minha alegria pelo retorno deles é imensa. Estou extremamente aliviada de saber que os livros se encontram em bom estado ", comemorou a diretora dos serviços bibliotecários, Jessica Gardner.

O pacote havia sido deixado no chão, em uma parte pública da biblioteca sem câmeras de circuito interno de segurança, do lado de fora do escritório de Gardner.

A polícia local foi notificada, e os cadernos foram incluídos no banco de dados da Interpol de obras de arte roubadas.

Os dois cadernos foram retirados da sala, onde estavam guardadas as obras mais valiosas da biblioteca para serem fotografadas em setembro de 2000. Em uma inspeção de rotina feita em janeiro de 2001, verificou-se que a pequena caixa que os continha, do tamanho de um livro de bolso, não estava mais no lugar. 

Por muitos anos, os bibliotecários acreditaram que os cadernos haviam sido colocados em algum outro lugar da biblioteca, que abriga cerca de 10 milhões de livros, mapas, manuscritos e outros objetos. 

Os trabalhos de Charles Darwin (1809-1882), pai da teoria da evolução, permitiram compreender que o ser humano não estava nem no centro nem no topo da vida. 

Os blocos de anotações estão guardados agora em um cofre seguro na biblioteca, mas serão exibidos ao público em julho, como parte de uma exposição gratuita intitulada Darwin in Conversation.

(Luciana Carvalho, estagiária, sob supervisão de Tainá Cavalcante, editora web de Oliberal.com)

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