Botox funciona? Estudo recorre a comparativo com gêmeas para chegar a uma resposta
Trata-se do procedimento estético não cirúrgico mais praticado globalmente, representando 43,2% do total
A toxina botulínica, mais conhecida como Botox, é mundialmente reconhecida como um tratamento eficaz na prevenção e suavização de rugas de expressão. Agindo ao paralisar a comunicação entre o nervo motor e o músculo, a substância interrompe a contração muscular, evitando a formação de vincos na pele.
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A primeira irmã, que iniciou o tratamento aos 25 anos, recebeu aplicações regulares na testa e na região glabelar 2 a 3 vezes por ano, e nos pés de galinha duas vezes nos últimos dois anos do estudo. Em contrapartida, a segunda irmã aplicou a toxina apenas duas vezes esporádicas aos 31 e 35 anos, somente na testa e na região glabelar.
Ao analisar as imagens das gêmeas, Binder concluiu que a testa hiperfuncional e as linhas glabelares eram menos evidentes na irmã tratada regularmente em comparação com a minimamente tratada. O estudo sugere que o tratamento prolongado com Botox pode prevenir o desenvolvimento de linhas faciais visíveis em repouso.
Acompanhamento confirma efeitos positivos contra vincos
Seis anos após o primeiro estudo, os pesquisadores William Binder e Alexander Rivkin, ambos da UCLA, revisitaram os efeitos do Botox em duas irmãs gêmeas, então com 44 anos. O acompanhamento, que totalizou 19 anos, revelou que a gêmea que continuou as aplicações regulares do Botox apresentava significativamente menos sinais de envelhecimento facial em comparação com a irmã que realizou o procedimento esporadicamente.
As diferenças nas marcas eram notáveis, com a gêmea que recebeu aplicações regulares mantendo uma pele suave, poros pequenos e menos rugas visíveis. Por outro lado, a irmã que aplicou o Botox de forma intermitente mostrava sinais mais evidentes de envelhecimento, incluindo mais rugas e poros visíveis.
Os resultados, publicados na revista científica Dermatologic Surgery, enfatizam que o tratamento repetido com toxina botulínica continua a diminuir os sinais aparentes de envelhecimento facial e atrasar o aparecimento de linhas faciais hiperfuncionais.
Os pesquisadores destacam que nenhuma das irmãs passou por outros procedimentos de rejuvenescimento, e ambas têm hábitos de cuidados semelhantes. Além disso, mesmo considerando a diferença na exposição solar entre Los Angeles, onde vive a gêmea tratada regularmente, e Munique, onde vive a outra, os resultados indicam que o uso consistente do Botox ao longo do tempo é o fator principal que contribui para a diferença na qualidade estética da pele das gêmeas.