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Bebê nasce com cauda de seis centímetros: ‘Macia e coberta por pelos’; entenda

A recém-nascida, natural do México, está entre as cerca de 200 crianças no mundo todo com a formação rara

Maiza Santos

Uma bebê mexicana surpreendeu o mundo ao nascer com uma cauda, de quase seis centímetros, coberta de pelos. O caso inusitado aconteceu no hospital Nuevo Leon, em Guadalupe, e veio à tona na mídia esta semana. A equipe que trabalhou no parto ficou em choque no momento que descobriram a formação rara da menina. Essa foi a primeira vez que uma ocorrência do tipo foi registrada no México.  

O caso foi divulgado por médicos na publicação científica Journal of Pediatric Surgery. A mãe da criança deu à luz por meio de cesárea, tanto ela quanto o pai da bebê tem idades na faixa dos 20 anos e não apresentam problemas de saúde.

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De acordo com o relatório dos médicos, a cauda tinha 5,7 centímetros e saía da região do cóccix da menina. Além disso, era “macia”, “coberta por pelos finos” e tinha uma extremidade “pontuda”. Após perceberam a anomalia na recém-nascida, os profissionais passaram a fazer alguns experimentos sobre a origem. Eles notaram que a menina chorava quando a cauda era espetada por uma agulha, indicando sensibilidade na região.

Não foi encontrada nenhuma má-formação ou estrutura óssea fora do normal na bebê. Sendo assim, após estudar outros casos, os médicos consideraram a anomalia ‘benigna’, composta em grande parte por gordura e tecido. Ao acompanharem o caso, os profissionais também notaram que a criança se desenvolvia normalmente e que a cauda diminuiu conforme o crescimento do bebê, chegando a apenas 0,8 cm. 

Dois meses depois, os médicos determinaram que poderia ser feita a remoção na anomalia de maneira segura, pois não causaria danos à pele da paciente, os profissionais cortaram a cauda e fizeram uma cirurgia plástica de reconstrução na região, usando tecido da própria criança. 

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O que causa o nascimento de crianças com caudas?

Um caso de “cauda verdadeira” foi registrado no Brasil em janeiro de 2021 e o estudo científico do caso foi publicado em novembro do mesmo ano. Na ocasião, uma criança nasceu com características semelhantes às do bebê mexicano. O médico especialista que acompanhou o caso explicou que essas alterações normalmente são defeitos neurológicos no desenvolvimento da medula espinhal.

“Uma cauda pode revelar a presença desses defeitos antes mesmo do paciente manifestar sintomas típicos. É essencial que o pediatra ou cirurgião pediátrico investigue a presença de disrafismo espinhal oculto em pacientes com suspeita de lesões cutâneas, pois podem ser a única anormalidade visível e o diagnóstico precoce pode prevenir a evolução para alterações neurológicas graves”, disse.

Os pesquisadores relataram que 195 casos de humanos nascidos com “caudas” em geral já foram registrados na literatura científica, com a maior delas medindo 20 cm. Um em cada 17 bebês nascidos com a anomalia também apresentou algum problema no desenvolvimento mental ou ósseo, com maior incidência de atrasos em meninos.

(Estagiária Maiza Santos, sob supervisão da editora de OLiberal.com, Ana Carolina Matos)

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