Atletas brasileiros de time no Sudão pedem ajuda para voltar: ‘Essa guerra não é nossa’
Jogadores revelam viver uma rotina de medo e racionamento de comida devido ao conflito

Um grupo de atletas brasileiros presos em Cartum, capital do Sudão, pede ajuda ao governo brasileiro para fugir da guerra e voltar ao país de origem. Jogadores e comissão técnica foram para o país para jogar no clube Al-Merreikh.
Os esportistas se trancaram no prédio onde moram devido ao recente conflito armado. Eles revelam uma rotina de medo e racionamento de alimentos
“Essa guerra não é nossa. E cada dia que passa é mais apreensão”, disse o jogador Paulo Sérgio, que já atuou no Flamengo.
O ex rubro-negro tem 33 anos e é carioca. Os 9 brasileiros do time são entre jogadores e comissão técnica. Segundo ele, são 6 pessoas do Rio de Janeiro, uma do Paraná, uma de São Paulo e uma de Minas Gerais.
“A gente não sabe o que vem pela frente, qual é o desenrolar disso. A gente acorda, faz as refeições e passa o dia conversando. A comida começa a acabar. Estamos fracionando. A luz e a internet estão caindo. A gente tenta poupar os dados, mas o nosso medo é ficar incomunicável. A gente não sabe o que vai acontecer”, contou o jogador Paulo Sérgio.
(*Emilly Melo, estagiária, sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do Núcleo de Política)
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