MENU

BUSCA

VÍDEO: Protesto da 'Geração Z' termina com confronto policial e ao menos 19 feridos

Manifestação contra reforma da previdência e corrupção teve confronto com a polícia em Lima; seis pessoas foram detidas, segundo a imprensa local

Gabrielle Borges

Um protesto liderado por jovens da Geração Z terminou em confronto com a polícia no centro de Lima, capital do Peru, deixando ao menos 19 pessoas feridas e seis detidas. A manifestação, que começou de forma pacífica, reuniu jovens entre 18 e 30 anos contrários à reforma no sistema de pensões e à crescente corrupção no país.

O ato ocorreu no fim de semana e representa mais um capítulo da instabilidade política no país sul-americano. A presidente Dina Boluarte, no cargo desde 2022, é alvo de forte rejeição popular. Veja:


O que motivou os protestos no Peru?

O estopim da manifestação foi a recente reforma previdenciária, aprovada pelo governo, que obriga todos os maiores de 18 anos,  inclusive trabalhadores informais, a se inscreverem em fundos privados de pensão. Jovens classificaram a medida como injusta diante das condições precárias de trabalho no país.

Entre as principais reivindicações dos manifestantes estão:

  • Corrupção sistêmica no Executivo e no Congresso;
  • Alta da criminalidade, incluindo extorsões e assaltos;
  • Desconfiança nas instituições públicas;
  • Falta de perspectivas para o futuro da juventude de baixa renda.

Confronto com a polícia e repressão

O protesto se iniciou com palavras de ordem em praças centrais de Lima, mas a tensão aumentou quando os jovens tentaram se aproximar dos prédios do Congresso e do Palácio de Governo. Segundo a imprensa local, houve lançamento de pedras contra cordões de isolamento.

A polícia reagiu com gás lacrimogêneo e balas de borracha. Entre os feridos, estão civis, jornalistas e agentes de segurança. Vídeos registrados por moradores mostram momentos de correria e confronto direto com as forças de repressão.

Peru vive crise institucional desde 2020

Desde 2020, o Peru passou por seis presidentes, com sucessivas renúncias, destituições e denúncias de corrupção. A atual presidente, Dina Boluarte, assumiu após a saída de Pedro Castillo e enfrenta protestos frequentes em diversas regiões do país.

Segundo analistas políticos locais, a crise no país se aprofunda com a falta de representatividade e credibilidade nas instituições, agravando a tensão entre governo e sociedade civil, principalmente entre os mais jovens.

Gabrielle Borges, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Tainá Cavalcante, editora web de OLiberal.com.