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'Robin Hood' do Vaticano ajuda a alimentar prostitutas transsexuais afetadas pelo isolamento

Desde que o papa Francisco o indicou ao posto no Vaticano, em 2013, cardeal se tornou conhecido por usar roupas simples de leigo

Reuters

Quando o isolamento do coronavírus deixou um grupo de prostitutas transsexuais de uma cidade litorânea próxima de Roma sem trabalho, elas procuraram um padre católico local para ajudá-las a comprar comida.

Mas os recursos da paróquia já estavam pressionados pela crise de saúde, por isso o padre se voltou ao cardeal conhecido como "o Robin Hood do papa", responsável pelas instituições de caridade do Vaticano -- que transferiu fundos para a paróquia socorrê-las.

"Não entendo por que isto está atraindo tanta atenção", disse o cardeal Konrad Krajewski à Reuters, por telefone, nesta quinta-feira. "Isto é um trabalho comum para a Igreja, é normal. É assim que a Igreja é um hospital de campanha".

Krajewski, cujo título formal é "papal almoner", ou distribuidor de esmolas, disse que as transsexuais muito provavelmente não têm documentos, o que torna difícil para elas pedir ajuda dos escritórios de assistência social do governo.

"Tudo está fechado. Elas não têm nenhum recurso. Procuraram o padre. Não poderiam ter procurado um político ou um parlamentar. E o padre nos procurou", disse.

"Elas realmente estão em dificuldade, porque às vezes seus passaportes foram tomamos pelos cafetões mafiosos que as controlam", disse. "Seguimos o evangelho".

Desde que o papa Francisco o indicou ao posto no Vaticano, em 2013, ele se tornou conhecido por usar roupas simples de leigo de noite e levar comida aos sem-teto da cidade em uma van branca.