Polícia diz que suspeito do ataque em Bondi foi transferido do hospital para a prisão
A polícia australiana transferiu nesta segunda-feira, 22, o único suspeito sobrevivente do ataque a tiros ocorrido na semana passada em Bondi do hospital para a prisão, informou a corporação em comunicado.
Naveed Akram, de 24 anos, estava internado sob custódia policial e responde a múltiplas acusações, incluindo terrorismo e 15 homicídios.
O ataque ocorreu em 14 de dezembro, quando dois homens, Sajid Akram, de 50 anos, e seu filho Naveed, abriram fogo contra uma multidão reunida em Bondi Beach durante a celebração judaica de Hanukkah. Sajid foi morto pela polícia no local, enquanto Naveed sobreviveu após ser baleado. As autoridades afirmam que os suspeitos agiram motivados por uma ideologia ligada ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
Considerado um dos ataques mais mortais na Austrália em quase três décadas, o episódio chocou o país. Entre as vítimas estão uma menina de 10 anos e Alex Kleytman, um sobrevivente do Holocausto de 87 anos que morreu ao tentar proteger a esposa dos disparos. Uma semana após o atentado, o país realizou um dia nacional de luto, com um minuto de silêncio, bandeiras a meio mastro e vigílias em diversas cidades.
Cerca de 20 mil pessoas se reuniram em Bondi Beach para homenagear as vítimas e demonstrar solidariedade à comunidade judaica. O primeiro-ministro Anthony Albanese participou de uma vigília no local, usando uma quipá, mas foi vaiado por parte do público e não discursou. O ataque reacendeu críticas sobre o combate ao antissemitismo no país.
Após o massacre, o governo anunciou uma revisão dos serviços de polícia e inteligência e prometeu endurecer leis contra crimes de ódio e a posse de armas. O episódio também trouxe à tona relatos de coragem, como o de banhistas que enfrentaram os atiradores para proteger outras pessoas e socorrer feridos, em meio a um debate nacional sobre segurança e extremismo.
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