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Julgamento do impeachment de Trump se aproxima do fim com provável derrota de democratas

Salvo uma mudança de opinião imprevista de outro senador republicano, os democratas não terão os 51 votos necessários

Reuters

O julgamento de impeachment do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se aproxima do final nesta sexta-feira, quando os senadores devem decidir se vão convocar testemunhas e prolongar o processo histórico, ou encerrá-lo rapidamente, como Trump deseja.

Os democratas do Senado têm argumentado ao longo do julgamento de duas semanas que os parlamentares precisam ouvir testemunhas como John Bolton, ex-conselheiro de segurança nacional de Trump. Mas eles não parecem ter apoio suficiente dos republicanos, que controlam a Casa.

O senador republicano Lamar Alexander, que estava indeciso, declarou na noite de quinta-feira que mais evidências no caso eram desnecessárias.

No entanto, salvo uma mudança de opinião imprevista de outro senador republicano, os democratas não terão os 51 votos necessários, o que permitirá aos aliados de Trump derrotar o pedido de provas adicionais e avançar para uma votação final que quase certamente absolverá o presidente.

Essa votação final pode ser realizada na sexta-feira ou no sábado, disseram fontes do Congresso.

"A verdade está diante dos nossos olhos", disse o deputado democrata Adam Schiff, promotor enviado pela Câmara para o julgamento, no plenário do Senado.

"Sabemos por que eles não querem que John Bolton preste depoimento. Não é que não sabemos realmente o que aconteceu aqui. Eles simplesmente não querem que o povo americano ouça isso com todos os detalhes claros e repugnantes."

A Câmara dos Deputados, controlada pelos democratas, aprovou impeachment de Trump em dezembro, acusando-o formalmente de abuso de poder por pressionar a Ucrânia a investigar um rival político, o pré-candidato presidencial democrata Joe Biden, e também de obstrução do Congresso.

Trump é apenas o terceiro presidente da história dos EUA a sofrer processo de impeachment. Para removê-lo do cargo, é necessária uma votação de dois terços do Senado, e nenhum republicano indicou que votará pela condenação.

Os aliados republicanos de Trump tentaram manter o julgamento em ritmo acelerado e minimizar qualquer dano ao presidente, que está concorrendo à reeleição.

Trump participou de um comício em Des Moines, Iowa, na noite de quinta-feira, e criticou o julgamento, chamando-o de um esforço dos democratas para derrubar sua vitória nas eleições de 2016. "Eles querem anular suas cédulas, envenenar nossa democracia e derrubar todo o sistema de governo", disse o presidente.