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Cocaína adulterada provoca a morte de 20 pessoas na Argentina

Mais 70 usuários tiveram que ser hospitalizados, alguns em estado grave

O Liberal

Pelo menos 20 pessoas morreram e mais de 70 tiveram que ser hospitalizadas após o uso de cocaína adulterada na região Metropolitana de Buenos Aires. Autoridades temem que o número de vítimas aumente com o passar das horas, já que alguns dos internados estão em estado grave e novos pacientes intoxicados ainda estão chegando. A grande preocupação com o caso levou o ministro da Segurança Provincial a fazer um pedido a todos os consumidores de droga: "Quem comprou droga nas últimas 24 horas tem que descartá-la". As informações são do Portal O Liberal.

Os principais sintomas dos consumidores hospitalizados são "sinais de choque, depressão sensorial, desconforto respiratório e excitação psicomotora", segundo o alerta epidemiológico emitido pelo Ministério da Saúde à equipe médica.

De acordo com as autoridades, as drogas foram processadas com uma substância "com alto nível de toxicidade" ainda a ser identificada. Um alerta epidemiológico foi lançado e a polícia rastreia a origem da droga envenenada.

As autoridades de saúde suspeitam que "podem ser casos de intoxicação por opiáceos e desconhece-se a existência de outro produto relacionado", embora estejam aguardando os testes toxicológicos para confirmar ou descartar essa hipótese.

Até agora dez pessoas foram presas em um bunker no assentamento conhecido como Puerta 8, nos arredores de Buenos Aires. O local foi indicado pelas famílias das vítimas como ponto de venda da cocaína envenenada.

“Encontramos a mesma embalagem que os parentes das vítimas nos deram para investigar”, declarou o ministro da Segurança da província de Buenos Aires, Sergio Berni, ao canal de notícias TN. “É muito importante que você nos ajude a mostrar a embalagem. É de náilon e cor de rosa. Parece que estavam fechados a termofusão”, acrescentou ao falar diante das câmeras, na quarta-feira, sobre a droga apreendida.

Os investigadores aguardam o resultado dos exames toxicológicos para saber a substância letal com a qual a cocaína foi misturada. O fato de não haver precedentes, leva as autoridades a pensar que, qualquer que seja a substância, ela foi incluída intencionalmente.

“Não é um erro no processamento do material, ou não parece ser porque a perícia ainda não está lá”, disse o procurador-geral da cidade portenha de San Martín, Marcelo Lapargo.

Os investigadores também procuram esclarecer em que elo da cadeia de distribuição do medicamento foi adulterado e quais os motivos para tal. Segundo fontes citadas pelo jornal La Nación, uma possibilidade é que esteja ligada a uma guerra entre traficantes - um lote de entorpecentes teria sido adulterado por um narcotraficante para arruinar o negócio de um rival e esvaziar o território dos concorrentes.