Casa Branca rebate CNN: ataques dos EUA "obliteraram" programa nuclear do Irã
A Casa Branca ecoou comentários do presidente dos EUA, Donald Trump, ao rebater oficialmente uma reportagem da CNN sobre os ataques americanos contra o Irã. "Todos sabem o que acontece quando você lança perfeitamente 14 bombas de 30 mil libras sobre seus alvos: obliteração total", afirmou, em comunicado divulgado nesta tarde.
A Casa Branca classificou como "fake news" a reportagem da CNN, que, assim como outros veículos, revelou um relatório preliminar confidencial da Agência de Inteligência de Defesa (DIA, em inglês), ligada ao Pentágono, sobre como a operação americana não destruiu as unidades nucleares do Irã e apenas atrasou o programa iraniano por alguns meses.
"Os ataques precisos atingiram perfeitamente os seus alvos", defendeu o governo Trump, acrescentando que isso impedirá a capacidade de produção de uma arma nuclear pelo Irã. "Partes dessa avaliação de inteligência inconclusiva e de baixa confiança foram vazadas para prejudicar o presidente e os corajosos pilotos que conduziram essa missão."
Como "fatos", a Casa Branca explicou que o relatório tem como base informações de um único instante, registrado um dia após os ataques, e não teve coordenação com a comunidade de inteligência, confirmando a existência do documento. O comunicado também lança dúvidas sobre a credibilidade da repórter, Natasha Bertrand, ao associá-la a cobertura do escândalo do laptop pertencente a Hunter Biden, filho do ex-presidente Joe Biden.
A Casa Branca retransmitiu junto à nota um comentário da DIA, afirmando que o relatório preliminar de "baixa confiança continuará a ser refinado conforme novas informações fiquem disponíveis", enquanto a agência está trabalhando para investigar o vazamento do material confidencial. O comunicado inclui ainda diversos trechos de falas de autoridades israelenses, iranianas e americanas corroborando a avaliação de que os ataques destruíram o programa nuclear do Irã.
Além da CNN, o The New York Times e o Washington Post também tiveram acesso ao relatório confidencial e reportaram sobre o assunto.
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