Cadáver é 'expulso' de funeral por ter sido levado à igreja fora do caixão
Che Lewis, 29 anos, foi impedido de entrar na igreja onde ocorreria o próprio funeral e acabou ficando do lado de fora
Em Trindade e Tobago, no Caribe, o impasse entre uma funerária e a igreja local por pouco não acabou na Polícia. Durante o velório de pai e filho - Adlay Lewis, 49, e Che Lewis, 29 anos, assassinados a tiros na casa deles - familiares deste último promoveram um funeral quase espetacular, com direito não apenas a um figurino estiloso e pouco comum para um morto, como a um passeio em carro aberto para que todos pudessem ver o cadáver. A cerimônia, ocorrida no dia 25 de novembro, chegou a ser transmitida via streaming.
Murder victim Che Lewis was placed to sit upright at his own funeral...the process helped the family to grief...Find out more on this story Sunday at 1:00 pm #cintv #caribbean #trinidadnews #chelewis #weekend #news pic.twitter.com/wExk2xPWUd
— CIN TV Jamaica (@cintvjamaica) November 27, 2020
A família de Che Lewis optou por levá-lo ao funeral vestido e fora do caixão, como se ainda estivesse vivo. Tudo ia bem até a chegada do corpo à igreja reservada para o velório, onde membros da segurança, chocados com o que viram, pediram a imediata retirada do corpo do local.
Che chegou à igreja vestindo um terno cor-de-rosa e óculos escuros, após passear pelas ruas da cidade em uma uma picape sem teto. Impedido de ser levado para dentro da igreja, o corpo de Che foi então colocado em uma cadeira, na posição sentada, do lado de fora.
Quem chegava ao local não percebia de imediato que se tratava do falecido, mas, de alguém que havia comparecido para prestar sua homenagem. Alguns até chamaram a atenção para o fato do "visitante" estar sem máscara, uma das medidas de proteção indicadas para evitar a disseminação da covid-19 durante os funerais.
Ao contrário de Che, a família optou por colocar o corpo de Aldlay dentro de um caixão, o que lhe garantiu as homenagens devidas. Mesmo com a confusão, pai e filho acabaram enterrados no Cemitério São João Evangelista.
Em entrevista ao jornal Trinidad Express, o policial Brent Batson condenou a atitude imprudente da funerária de Dennie, alertando que conduzir pessoas, ainda que mortas, de forma perigosa é uma ofensa com uma multa de 750 libras (aproximadamente R$ 5.267).