Brasileiro morre em guerra na Ucrânia; salário e a 'emoção' foram o que atraiu jovem
Segundo a esposa, vontade de ajudar a família financeiramente e o sonho de servir foram a maior motivação do marido
Daniel Lucas de Campos, de 32 anos e natural de Campinas, morreu em combate na guerra da Ucrânia. A informação foi confirmada pela sua esposa, através do portal G1, que a principal motivação do brasileiro para ir à guerra foi o salário. Familiares aguardam o translado do corpo, que segue em Kiev, capital da Ucrânia; saiba mais detalhes abaixo.
Daniel havia deixado o Brasil no dia 12 de agosto deste ano. De acordo com a esposa, ele se voluntariou para participar da guerra "pela emoção de fazer o bem", e também por razões financeiras, já que foi lhe prometido um salário mensal de R$ 25 mil. O homem vivia em Campinas e trabalhava como vendedor de carros antes de embarcar para a Ucrânia.
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A esposa afirma que a família nunca chegou a receber o valor mensal completo e que, nos últimos dois meses, não recebeu nenhum valor. A companheira de Daniel também relatou que a vontade de ajudar a família financeiramente e o sonho de servir foram a maior motivação. Daniel teria assinado um contrato com o governo ucraniano para receber R$ 25 mil (valor já convertido da moeda local, a hryvnia) mensalmente e, caso morresse em combate, a família receberia uma indenização em até um ano.
Desde que receberam a notícia do óbito de Daniel, a família se esforça para conseguir trazer o corpo de volta para o Brasil. O Ministério das Relações Exteriores (MRE) custeia apenas o translado do corpo de Kiev, capital da Ucrânia, para Brasília (DF). O corpo ainda está em solo europeu.
Para conseguir trazer o corpo para Campinas, os familiares montaram uma "vaquinha" online e conseguiram arrecadar a quantia de R$ 11 mil. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores informou que não divulga informações pessoais de cidadãos que requisitam serviços consulares e não fornece detalhes sobre a assistência prestada.
Ele deixa dois filhos e a companheira com quem viveu por oito anos.
(*Gabrielle Borges, estagiária de jornalismo, sob a supervisão de Felipe Saraiva, editor web de OLiberal.com.)
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