Asteroide pode atingir a Terra em 2032 e cair na América do Sul, alerta NASA
Objeto espacial 2024 YR4 tem baixa chance de colisão, mas especialistas monitoram possível rota com impacto no Brasil ou países vizinhos
Astrônomos da NASA seguem monitorando de perto o asteroide 2024 YR4, que, segundo estimativas recentes, tem uma chance de 2,3% de colidir com a Terra. A possível rota de impacto inclui países da América do Sul, como o Brasil, além de regiões na Ásia e África. A previsão, se confirmada, é que o objeto espacial entre na atmosfera no dia 22 de dezembro de 2032.
O 2024 YR4 foi detectado pela primeira vez em 27 de dezembro de 2024, por meio do telescópio ATLAS, localizado em Rio Hurtado, no Chile. Desde então, observatórios em todo o mundo acompanham sua trajetória e atualizam constantemente as estimativas de tamanho, rota e impacto.
De acordo com Paul Chodas, do Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra (CNEOS), o asteroide mede entre 40 e 90 metros de largura, equivalente ao tamanho de um prédio de vários andares.
Chance de impacto é baixa, mas merece atenção
Embora a probabilidade de colisão seja considerada baixa — 1 em 43, segundo a NASA —, o risco não é totalmente descartado. O objeto está classificado como nível 3 na Escala de Turim, que mede a ameaça de corpos celestes próximos à Terra. Esse nível representa risco merecedor de monitoramento contínuo.
O engenheiro David Rankin, da NASA, identificou um “corredor de impacto” que inclui países como Brasil, Venezuela, Equador, Colômbia, além de regiões na Ásia (como Índia e Bangladesh) e na África (Etiópia, Sudão e Nigéria).
Impacto poderia afetar mais de 2 mil km²
Especialistas alertam que, apesar de o 2024 YR4 ser bem menor que o asteroide que extinguiu os dinossauros, ele ainda pode causar danos significativos se atingir a superfície terrestre. O impacto, se ocorrer, pode devastar uma área de aproximadamente 2.150 km² — semelhante ao evento de Tunguska, que destruiu parte de uma floresta na Sibéria, em 1908.
Como evitar uma colisão com a Terra?
A NASA e outras agências espaciais discutem alternativas para desviar o asteroide, caso a ameaça se confirme nos próximos anos. Três possíveis métodos são avaliados:
- Explosão nuclear: uso de artefatos para desviar a trajetória
- Lasers solares: feixes de energia para alterar o curso do objeto
- Impactadores cinéticos: colisões diretas com sondas para modificar sua rota