Aliados do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, chegaram a discutir a realização de uma eleição presidencial nos próximos meses durante negociações para chegar a uma solução para a crise política no país, disseram quatro fontes à Reuters nesta segunda-feira.
Políticos de oposição vão viajar à Washington para conversar com autoridades nos Estados Unidos, disseram as fontes.
Maduro e uma delegação que representa o líder de oposição Juan Guaidó têm se encontrado em Barbados como parte das negociações para resolver o impasse político no país, que atualmente sofre com um colapso econômico hiperinflacionário.
A delegação de Guaidó propôs uma eleição presidencial para um período entre os próximos seis a nove meses, com uma série de condições, incluindo mudanças no conselho eleitoral e na Suprema Corte, disseram as fontes, que sob condição de anonimato por conta do caráter confidencial das conversas.
O governo havia, em tese, concordou com a realização de uma eleição presidencial com a condição de que os Estados Unidos suspendam as sanções econômicas e de que Maduro possa concorrer como o candidato do Partido Socialista. Além disso, o governo quer que a eleição seja realizada daqui um ano, segundo disse uma das fontes.
Entretanto, o governo desde então se retirou das negociações para protestar contra uma nova rodada de sanções impostas por Washington, e nenhuma data foi estabelecida para retomar as discussões, apesar de uma visita de autoridades do Ministério das Relações Exteriores da Noruega - que atuam como mediadores das negociações - buscando o reestabelecimento delas.