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Na prática, o que você faz em defesa das áreas verdes de Belém?

Valéria Nascimento

*A arquiteta e servidora pública Inah Tobias Silveira participa do projeto Canteiros Verdes - Cidade Viva, que cuida do canteiro da avenida Romulo Maiorana (antiga 25 de Setembro), entre as travessas Angustura e Barão do Triunfo, espaço que ela reconhece como privilegiado em Belém por causa da arborização da via. “Nossa cidade, embora conhecida como a Cidade das Mangueiras, tem um dos menores índices de arborização entre as capitais brasileiras. Sobre o cuidado com a avenida Romulo Maiorana, o grupo realiza atividades de plantio, a rega das espécies e limpeza do local. “Mas além disso realizamos eventos de naturezas diversas, são atividades de lazer e de educação ambiental. Nós temos inclusive a feira de artesanato na “25” e com isso nós pretendemos inspirar novas relações com o verde urbano. É possível uma relação mais participativa e mais saudável com o verde de nossa cidade”.

*Caroline Miranda é arquiteta e paisagista, e procura incluir o máximo possível de verde nos projetos que elabora e a paixão por plantas, diz ela, se estendeu para a criação de uma loja onde ela vende espécies tropicais. A gente procura incentivar o consumo consciente mais conectado à natureza. Todos nós sabemos que as áreas verdes são de extrema importância para minimizar as altas temperaturas e a umidade da nossa cidade. Por outro lado, Belém tem muitos terrenos abandonados com pouca arborização; a partir disso, tivemos a ideia de criar uma horta coletiva no bairro do Reduto. E nesse espaço, cultivamos hortaliças, frutas, verduras e a grata surpresa é que estamos resgatando o espírito de coletividade na vizinhança, que se sente parte desse pequeno oásis. Lá, incluímos, também, o sistema de compostagem dos resíduos orgânicos e incentivamos a separação dos resíduos recicláveis, diminuindo consideravelmente a quantidade de lixo enviada para o aterro sanitário (Marituba, na Região Metropolitana de Belém). Eu acho importante nos envolvermos em pequenas ações para melhorias pontuais na cidade, acredito fortemente que desta maneira nos tornamos agentes transformadores dos espaços e estimulamos os outros a somarem ao nosso lado nesta caminhada’’.

*Luna Bibas integra a equipe do Laboratório da Cidade (organização social sem fins lucrativos que reflete sobre os usos do espaço urbano). “A gente acredita que as áreas verdes são extremamente importantes para Belém, porque elas regulam o microclima local e porque elas ajudam na redução da temperatura decorrente da utilização de materiais na construção civil hoje. Então elas impactam diretamente no nosso conforto ambiental, além disso elas ajudam na drenagem da água da chuva. As áreas verdes são protagonistas no combate aos nossos famosos e inconvenientes alagamentos. No laboratório da cidade, a gente defende o aumento das áreas verdes através de projetos com parcerias. Oferecemos oficinas sobre o plantio e manejo de canteiros, destacando a importância da flora local e de estratégias para cuidados das espécies. Em outros projetos, a gente planta árvores com a população local e nós desenvolvemos debates que vão falar a respeito dos problemas urbanos, como o da supressão das áreas verdes e o que isso pode trazer para a cidade de Belém, estimulando a população a reconectar-se com o bioma local, que tem muito a nos oferecer”.

*Ruth Costa é voluntária da Rede Bike Anjos Belém e integra os coletivos Pará Ciclo e Pedala Mana. “Em defesa das áreas verdes de Belém, eu uso a bicicleta em quase 100% dos meus percursos. A bicicleta é zero emissão de gases poluentes, então, quando uso a bicicleta, estou protegendo a natureza e melhorando a minha qualidade de vida. Eu planto uma árvore sempre que tenho oportunidade, no meu quintal e em espaços públicos, e a bicicleta é minha companheira; andar de bicicleta é preservar o meio ambiente.

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