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Como você contribui para a redução do desmatamento?

Valéria Nascimento

O engenheiro Ambiental, Antônio Victor Fonseca, pesquisador do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) realiza o monitoramento mensal das ocorrências de desmatamento em toda a Amazônia Legal, por meio de imagens de satélite. Ele explica que o sistema que consegue detectar a conversão da floresta nos diversos tipos de uso, a exemplo da pecuária e da agricultura. “Toda vez que há a ocorrência de desmatamentos, o carbono que está estocado na floresta, é emitido para a atmosfera, contribuindo para a intensificação do efeito estufa e, consequentemente, para o aquecimento global. Então a identificação das ocorrências de desmatamentos é estratégica, porque ela consegue identificar as áreas críticas, onde estão ocorrendo os desmatamentos de forma mais intensa, nos últimos meses e, assim orientar os órgãos de controle ambiental na identificação de quem está praticando o desmatamento ilegal, além de informar à sociedade, em geral, sobre como está o curso do desmatamento no bioma amazônico”.

Wilson Oliveira atua na causa ambiental e trabalha todo o final de semana na avenida Romulo Maiorana, um grande corredor verde de Belém. “Temos as nossas plantas, as nossas ervas e colaborando para divulgar não somente esse trabalho, mas também o cultivo do verde, precisamos disso, principalmente, nesse momento em que você observa muito desmatamento em nossa Amazônia, nossas florestas. Também há um descuido e que, muitas vezes, é nosso. Descuido com as árvores, enfim, com os espaços da nossa cidade. A camada de ozônio vem aumentando cada vez mais e isso afeta o nosso ecossistema, fauna e flora”.

Samantha Chaar é empresária e incentiva práticas sustentáveis, por meio do seu próprio ambiente de trabalho, entre outras iniciativas. “Temos o ecoponto, que é o ponto de coleta seletiva para receber o material para a reciclagem e a compostagem, que já faz parte do meu dia a dia. A compostagem é a transformação dos resíduos orgânicos em adubo, e com dois amigos, nós temos a horta comunitária do Reduto (bairro), a Coletivorta. Lá, nós cultivamos hortaliças, frutas, legumes e o mais importantes o espírito coletivo entre a vizinhança. Por último, o consumo consciente seja na alimentação ou na busca por produtos e serviços que sejam ecologicamente corretos. Faça a sua parte por uma Belém mais limpa e sustentável”.

O estudante de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Pará (UFPA), Augusto José, usa o próprio quintal da casa dele para contribuir com o meio ambiente, “a  maneira que eu encontrei para reter o estoque de carbono na superfície foi por meio da compostagem de materiais secos, como folhas de árvores e cascas de árvores e materiais úmidos, como cascas de frutas e restos de alimentos apropriados para este procedimento, de maneira a produzir adubo sólido ou líquido, contribuindo assim para impedir que este mesmo carbono seja emitido para a atmosfera, além de produzir adubo orgânico para as plantas da minha residência”.

A professora Lívia Vasconcelos da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) ministra as disciplinas de recuperação de áreas degradadas e de sistemas agroflorestais. Ela explica que as duas disciplinas são exemplos de atividades que evitam o desmatamento. “Na recuperação de áreas degradadas, através do plantio de árvores, e permitindo que a floresta possa crescer novamente, onde um dia ela existiu, e os sistemas agroflorestais que são sistemas de produção de alimentos no meio das árvores.  São sistemas que imitam a floresta e são considerados mais sustentáveis que os sistemas, convencionalmente, praticados pela agricultura. Temos o exemplo da nossa zona Bragantina, com a agricultura de derrubada queimada para produção de mandioca, de farinha, do feijão caupi, e a gente desenvolve técnicas alternativas ao uso do fogo para esse tipo de sistema, que evita a emissão de gases de efeito estufa e promove formas de manter o carbono sequestrado, tanto no solo quanto na cobertura vegetal. Portanto, a adoção desses sistemas mais sustentáveis reduz e evita o desmatamento”.

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