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Rússia rejeita condições dos EUA para encerrar guerra na Ucrânia

Putin diz que está aberto a negociações, mas não está disposto a aceitar as condições dos EUA

Emilly Melo

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou, nesta sexta-feira (2), que está aberto a contatos e negociações para chegar a um acordo sobre a guerra na Ucrânia, mas recusa as condições estabelecidas pelos Estados Unidos. 

Ontem (1°), o presidente dos EUA, Joe Biden, declarou que está preparado para conversar com o líder do Kremlin se Putin estiver em busca de uma maneira de acabar com os conflitos, o que não havia sido indicado até o momento. 

A Rússia não aceitou as condições apresentadas pelo governo norte-americano e disse que continuará com a ofensiva. O Kremlin ainda ressaltou que a recusa dos Estados Unidos em reconhecer territórios anexados como russos está dificultando uma busca por qualquer potencial acordo.

"O que Biden disse na realidade? Ele disse que as negociações são possíveis apenas depois que Putin abandonar a Ucrânia", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, à imprensa nesta sexta-feira, antes de acrescentar que Moscou "evidentemente" não está disposto a aceitar as condições.

"A maneira preferível de atingir nossos interesses é por meios pacíficos e diplomáticos", afirmou Peskov. "Putin estava, está e continua aberto a contatos e negociações."
Putin disse que não se arrepende de lançar o que chama de "operação militar especial" da Rússia contra a Ucrânia e classifica a guerra como um divisor de águas quando a Rússia finalmente enfrentou uma arrogante hegemonia ocidental após décadas de humilhação nos anos desde a queda da União Soviética em 1991.

A Ucrânia e o Ocidente dizem que Putin não tem justificativa para o que classificam como uma guerra de ocupação de estilo imperial. A Ucrânia afirma que vai lutar até que o último soldado russo seja expulso de seu território.


(*Emilly Melo, estagiária, sob supervisão de Keila Ferreira, coordenador do Núcleo de Política)

Guerra Ucrânia x Rússia