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Bebê com sapinho? Saiba como tratar

Uso de chupetas e mamadeiras aumenta as chances de contaminação da doença

A candidíase oral, popularmente conhecida como “sapinho”,  é uma pequena infecção causada pelo fungo cândida albicans, que já mora no indivíduo. Por terem um sistema imunológico pouco desenvolvido, os bebês são afetados pelo crescimento exagerado desse microrganismo e tornam-se alvos da expansão das colônias.

De acordo com a cirurgiã-dentista Daniella Christine Martyres, especialista em odontopediatria e cooperada pela Uniodonto Belém, essas colônias podem se manifestar em qualquer área da mucosa bucal do bebê, basta que seja um local com calor, umidade e ausência de luz.

“A própria mãe pode ter o seu mamilo infectado pela cândida e acabar transferindo mais fungos ao seu bebê. O uso de bicos (chupetas e mamadeiras) também eleva o risco do crescimento dos fungos, pois geralmente são guardados em lugares úmidos”, explica.

A especialista afirma que as lesões do “sapinho” são identificadas como placas e pontos brancos na mucosa bucal. “A doença pode ser assintomática ou causar dor na hora da mamada, bem como pode ocorrer irritabilidade e redução do apetite”, alerta Daniella Christine.

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Tratamento

O tratamento da doença é feito com antifúngicos locais, por aproximadamente 14 dias e, caso o bebê ainda esteja em aleitamento materno, o processo de cura deverá ser estendido à mãe, conforme orienta a cirurgiã-dentista.

“Ela deverá ser avaliada quanto à presença de sinais e de sintomas sugestivos de infecção por cândida nos mamilos (prurido, sensação de queimação, dor em fisgadas, vermelhidão e pele brilhante ou com fina descamação)”, destaca.

Segundo a especialista, bicos de mamadeiras e chupetas devem ser retirados do bebê, pois podem trazer piora ao quadro. Para acelerar o processo de cicatrização das lesões, é recomendado o tratamento com laser.

Orientações

De acordo com estudos realizados recentemente, bebês sem dentes, que têm suas cavidades higienizadas, apresentam maior chance de contaminação por cândida. Por isso, a orientação dos especialistas é não higienizar a cavidade oral das crianças que ainda não apresentam dentição, independente de estarem em aleitamento materno ou em uso de mamadeira.

Para que ocorra o diagnóstico correto da doença, é necessário consultar um odontopediatra.

 

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