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Saúde mental e maternidade: como cuidar do lado emocional

A cultura e os estigmas em relação à maternidade impedem que muitas mulheres tratem sintomas de estresse quando o bebê chega

A chegada de um filho muda completamente a vida de uma família, tenha ela a configuração que for. Entre tantas responsabilidades envolvidas, é inegável perceber que a maior parte das expectativas e das demandas recaem sobre a mulher, que muitas vezes acumula a função de mãe às outras tarefas de esposa, profissional e dona de casa.

Além das sensações incômodas comuns da gravidez, esse conjunto de estigmas reforçados pela sociedade faz com que haja uma pressão muito grande sobre a mulher que se torna mãe, o que acaba gerando um dado alarmante: quase 20% das gestantes no mundo sofrem com transtornos mentais após o parto, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).


“O resultado de tanta expectativa em cima da mulher é não somente o estresse, mas também sentimentos de medo, insegurança, culpa e frustração, além de fácil irritabilidade e choro. Essa mulher vai ficando cada vez mais nervosa, preocupada, ansiosa, com sinais de depressão, ou seja, com a sua saúde mental afetada”, explica a psicóloga Ivana Teles, que atua no Sistema Hapvida.

A depressão pós-parto é mais comum do que se imagina nos dias de hoje, daí a importância de conversar abertamente sobre este tema, envolvendo toda a família em mudanças de comportamento. Além de causar prejuízos para a saúde e a autoestima da mulher, esse transtorno pode dificultar a amamentação e o vínculo entre mãe e filho.

Para a psicóloga, é preciso falar sobre esse assunto para promover uma reflexão e construir pontos importantes para a saúde mental desta mulher, como uma divisão de atividades domésticas em casa, que vá além do que é praticado em caráter de “ajuda”. “Construir uma rede de apoio é fundamental, com familiares e amigos dando suporte para essa mãe. E se o impacto emocional tiver muito elevado, também ter o suporte de um psicólogo”, conclui a profissional.

Hapvida