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Humanização e atendimento lúdico são usados contra a odontofobia. Saiba o que é!

Alunos de Odontologia são estimulados durante a graduação para oferecer tratamentos de excelência

O medo de ir ao dentista é um tabu antigo, que envolve pacientes desde a infância até a terceira idade. Mas, a vivência prática, ainda durante o curso, na universidade, pode mudar essa realidade, com a formação de profissionais cada vez mais humanizados. 

De acordo com a cirurgiã-dentista Angela Azevedo, mestre em Ortodontia e docente do Centro Universitário Fibra, esse medo, apresentado pela maioria das pessoas tem nome: odontofobia. E pode ser causado por vários fatores, entre eles, o fato dos consultórios serem ambientes desconhecidos para muitos, com odores e gostos diferentes, muitas vezes fortes, que acabam por gerar certa ansiedade. 

Existe o medo de sentir dor, de não saber o que vai acontecer. E, ainda, as famosas ameaças que os adultos costumam fazer para as crianças... 'Escova o dente se não vou te levar ao dentista para arrancar'. Isso vai ficando na memória da criança e ela acaba crescendo com a ideia de que ir ao dentista é ruim. É um conjunto de fatores", explica a professora, que leciona as matérias de Clínica Integrada infantil I e II e coordena o estágio supervisionado na mesma área. 

Para quebrar todo esse receio, segundo Angela, alunos do curso de Odontologia, são estimulados continuamente, ainda durante a graduação, a terem uma visão do paciente como um ser humano completo, global, e não somente da boca. Para isso, aprendem, na prática, como o paciente deve ser conduzido desde o momento que ele entra na clínica, durante toda a anamnese (entrevista realizada pelo profissional), até o momento da realização do procedimento. 

"Eles aprendem a ter uma visão de que este paciente não está ali só para eles treinarem os procedimentos que eles precisam aprender, mas sim que eles são profissionais da área da saúde e como tal precisam dar todo o tratamento que o paciente necessita. Por exemplo, se é um paciente idoso, que tem problemas cardiológicos, eles avaliam se este paciente faz um acompanhamento com o cardiologista. Caso este paciente não tenha este controle, o aluno o encaminha  para que realize um check up cardiológico, solicita os exames laboratoriais necessários, assim, realizando o tratamentodo paciente de maneira segura", destaca a docente. 

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Ainda no início do curso, Jeovanna passou por um momento marcante durante um atendimento a uma amiga. "Quando liguei a caneta de alta rotação ela deu um pulo da cadeira. Então tive que passar por todo um processo de conversa, para fazê-la se sentir confortável, mostrando tudo que seria feito, os equipamentos que seriam usados, de que forma, até ela se sentir confortável. No fim, deu tudo certo, e ela disse que foi uma experiência maravilhosa, e eu me senti satisfeita de ter entregado aquilo", conta a jovem, que não consegue se enxergar em outra profissão que não seja a de cirurgiã-dentista.

Diferencial

Para Thais de Mendonça Petta, especialista em prótese dentária e mestre em odontologia,  além da conquista da confiança e acolhimento, é importante que o profissional se mantenha constantemente atualizado diante dos avanços tecnológicos e científicos na Odontologia.  

"Manter-se sempre atualizado e embasado cientificamente fornece um amparo ao profissional na escolha do tratamento, e consequentemente transmite a segurança que o paciente precisa pra se sentir mais acolhido", afirma a professora da Fibra, que destaca o surgimento de novas tecnologias, materiais e mudanças de paradigmas nas técnicas operatórias.

Thaís reforça ainda que na hora da escolha do curso de graduação, devem ser levados em consideração um corpo docente comprometido com a ética profissional e com o conhecimento científico dinâmico, como um potencial grande para formar profissionais competentes  e capacitados. 

Interação

Com 23 anos de atuação na odontologia, com foco no atendimento pediátrico, a professora Gyselle Ribeiro Oliveira pontua a importância da comunicação com o público infantil para que haja maior equilíbrio no decorrer do atendimento. Para ela, a tonalidade da voz, afetividade e afabilidade, a exemplo das técnicas de manejo como: falar-mostrar-fazer, além de controle da voz, aplicação de reforço positivo e do uso de modelos, contribuem para o sucesso durante a realização da consulta e/ou procedimentos.

"O ambiente da sala de espera também deve ser um local de conscientização sobre a necessidade dos cuidados bucais, por meio de filmes, músicas, livros. A educação em saúde bucal deve proporcionar uma aprendizagem agradável, atraente", informa a profissional, que é coordenadora local do curso de especialização em Odontopediatria da Fibra. 

Outras estratégias também podem ser adotas, segundo Gyselle, para se gerar um ambiente lúdico e agradável aos pequenos, como o uso de aplicativos no tablet, jogos e brinquedos com temas odontológicos e específicos para cada faixa etária. "São excelentes ferramentas, porém precisamos ter cuidado, pois existe alguns que dão ênfase a dimensão dolorosa e negativa das ações odontológicas", alerta. 

A coordenadora ressalta que as atividades lúdicas podem favorecer uma abordagem de relacionamento, a partir da qual tornar-se possível a criação do vínculo e adesão ao tratamento. "Acredito que um ambiente lúdico, aliado às estratégias específicas para necessidade de cada paciente, podem quebrar esses tabus. Quanto mais precoce a criança vai ao dentista, ela vê isso como um processo com mais naturalidade", explica Gyselle.  

Para saber mais sobre o curso de Odontologia e pós-graduações na área, acesse aqui.

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