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Vida profissional na melhor idade: entenda o cenário

Mudança no processo de envelhecimento da população e queda no preconceito têm mudado o cenário no mercado

Carolina Gantuss

Poder escolher o que fazer e o que ainda se deseja ser após os 50 anos em um tempo em que a “melhor idade” estava ligada à solidão, privação e monotonia e tem mudado, principalmente, com a era digital, é um caminho sem volta. Entre os 30 a 40 anos, a maioria das pessoas já têm família constituída, as responsabilidades aumentam e a satisfação com o trabalho tende a diminuir. E é nesta fase que muitos questionam suas escolhas e tomam decisões como mudar de emprego ou de profissão. Por isso, mudar de carreira depois dos 50 anos não pode ser considerado algo limitador, como é o caso da empresária Carmem Oliveira, que aos 50 anos decidiu seguir em uma nova profissão.

 “Sempre gostei da área da saúde e uma alimentação saudável é muito importante em nossas vidas, por isso escolhi a nutrição para entender como o nosso corpo trabalha e, assim, poder ajudar outras pessoas”, comenta. Segundo dados do Censo de Educação Superior do Ministério da Educação, 27 mil idosos foram matriculados em cursos universitários no Brasil em 2019. A expectativa é de que o fenômeno tenha crescido ainda mais com a pandemia. De 2015 a 2019, o total de idosos em universidades cresceu 48%. 

O crescimento exponencial de estudantes universitários com mais de 50 anos mostra uma realidade que pode ter várias causas e explicações, mas revela também que nunca é tarde para aprender e adquirir um diploma de ensino superior. “Está sendo desafiador para mim não só pela idade, mas também por estar há um tempo sem frequentar uma sala de aula. Mesmo assim, é gratificante trocar experiências com pessoas mais novas. Me sinto motivada e perceber que acabo sendo um exemplo, influenciando positivamente outras pessoas também, me deixa feliz”, comenta. 

O mercado de trabalho para a faixa acima dos 50 anos é ocupado por apenas 17% da força de trabalho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Entretanto, o cenário tem mudado com o processo de envelhecimento da população mundial e com a queda do preconceito. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2060, 25,5% da população brasileira será composta de pessoas acima dos 60 anos e, se o percentual de pessoas mais velhas empregadas não aumentar, o país pode sofrer com falta de mão de obra. 

Uma das causas mais frequentes em relação a trabalhadores mais velhos é a falta de familiaridade com novas tecnologias. Para driblar essa situação é preciso buscar a constante evolução em áreas que se tornaram fundamentais no mundo corporativo. A partir deste cenário, algumas profissões se destacam para aqueles com 50 anos ou mais que buscam se qualificar ou estão procurando novos rumos. 

1. Consultor (a) 

Mudar a carreira não significa trabalhar em uma área totalmente diferente. A experiência e o conhecimento acumulados podem te proporcionar uma nova profissão. Um consultor nada mais é do que um especialista na área que auxilia outros profissionais ou empresas a solucionar problemas, melhorando seus desempenhos. Uma das vantagens dessa profissão é a possibilidade de ter seu próprio negócio. 

2. Assistente administrativo 

Trata-se de um trabalho bastante operacional, que envolve, dentre outras funções, o controle de contas, elaboração de relatórios, envio e recebimento de documentos, além de emissão de notas fiscais, bem como a realização de cadastros e atualização de arquivos. Ter diploma de ensino médio é essencial para a atuação, mas garantir o curso técnico em administração e o superior em andamento, por exemplo, trazem um diferencial na contratação. 

3. Assistente pessoal 

Um assistente pessoal é o profissional que presta assessoria, seja no setor doméstico-familiar ou comercial. Isso significa organizar a rotina, cuidar da agenda, atender e realizar telefonemas, redigir e enviar documentos, preparar reuniões, além de receber e pagar contas, entre outras coisas. 

4. Corretor(a) de imóveis 

Responsável por intermediar a compra, venda e aluguel de imóveis comerciais ou residenciais. Dessa forma, o corretor de imóveis tem o papel de captar e avaliar imóveis, apresentá-los para seus clientes e orientar os processos legais e financeiros da transação imobiliária.

 

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