Quem move Belém: o papel social do ônibus e as histórias de quem mais depende dele
Em Belém, mais de 600 mil pessoas utilizam o sistema de ônibus todos os dias
Por trás de cada trajeto feito de ônibus, há milhares de histórias de vida que se cruzam diariamente nas ruas de Belém. São trabalhadores, estudantes e idosos que dependem do transporte coletivo para chegar ao trabalho, à escola, ao hospital ou simplesmente para manter o direito de ir e vir. O ônibus, nesse contexto, não é apenas um meio de transporte, é um instrumento de inclusão e cidadania.
Na capital paraense, mais de 600 mil pessoas utilizam o sistema de ônibus todos os dias, tornando-o o principal elo de conexão entre os bairros e o centro da cidade. Para quem mora em áreas mais afastadas, como Tapanã, Outeiro, Icoaraci e Benguí, o transporte coletivo é o caminho que liga a população aos centros de emprego, saúde e educação.
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Moradora de Marituba, Socorro Souza trabalha em uma loja no bairro de Nazaré e começa o expediente às 8h. Desde junho deste ano, ela utiliza diariamente os novos ônibus climatizados, conhecidos como “geladões”. “O conforto e a qualidade melhoraram muito. Agora o trajeto até o trabalho é bem mais agradável, e só tenho a agradecer por essa mudança”, afirma.
As empresas associadas ao Setransbel têm investido justamente nesse aprimoramento da experiência do passageiro. Nos últimos meses, a frota da cidade passou por uma renovação com 300 novos ônibus zero quilômetro, equipados com motores Euro 6, ar-condicionado, suspensão pneumática e o novo sistema de bilhetagem eletrônica digital, que permite pagar a passagem com QR Code. Além de tornar o serviço mais moderno, as mudanças facilitam o embarque de idosos e pessoas com deficiência, ampliando a acessibilidade.
Para o presidente do Setransbel, Paulo Fernandes Gomes, o transporte público é um pilar essencial da cidade. “O ônibus é o serviço que garante o acesso à cidade para quem mais precisa. Quando o sistema funciona bem, ele distribui oportunidades, movimenta a economia e reduz desigualdades”, afirma.
Apesar dos desafios de mobilidade e infraestrutura que Belém ainda enfrenta, o transporte coletivo segue sendo o grande motor social da cidade. Cada passageiro representa mais do que um número, simboliza o esforço diário de quem constrói Belém com o próprio movimento.
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