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Agrizone: CNA, Federações e EMBRAPA apresentam agro sustentável ao mundo

Espaço vai destacar inovação, sustentabilidade e o papel estratégico do Pará na produção agropecuária brasileira

Paloma Lobato

Durante a COP30, que será realizada em Belém, o setor agropecuário brasileiro ganhará um espaço de destaque: a Agrizone, uma área especialmente dedicada à apresentação de iniciativas sustentáveis, tecnologias e práticas de produção que aliam eficiência e preservação ambiental. A Agrizone, uma iniciativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e da Faepa, em parceria com a Embrapa e o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), promete ser um dos pontos altos do evento, reunindo produtores, pesquisadores e instituições comprometidas com o futuro do agro e a agenda climática global.

O espaço tem como finalidade mostrar ao mundo o papel essencial do agro paraense na construção de uma economia verde, baseada em inovação, pesquisa e responsabilidade ambiental, tornando-se uma vitrine do agronegócio amazônico, evidenciando como o Pará vem conciliando produção e conservação.

"A COP 30 marca um momento histórico: pela primeira vez, uma Conferência do Clima da ONU terá uma programação paralela dedicada ao agro. Esse é um diferencial estratégico para a Faepa e para os produtores rurais do Pará, especialmente considerando que o Brasil é uma das maiores potências alimentares do mundo e o estado paraense figura entre os principais produtores agropecuários do país, sendo alicerce da segurança alimentar de milhões de pessoas", destaca o consultor do Sistema Faepa/Senar do Comitê COP 30, Hildegardo Nunes.

Além de exposições e demonstrações tecnológicas, o espaço contará com rodas de diálogo e painéis temáticos sobre temas como agricultura de baixo carbono, sistemas integrados de produção e valorização de produtos regionais.

O espaço também tem a finalidade de fortalecer parcerias e apresentar projetos que podem servir de modelo para outras regiões do país. "A Faepa levará à Agrizone projetos que refletem o compromisso do Pará com o agro sustentável, como sistemas integrados de produção e florestas, resultados dos sistemas agroflorestais, manejo de pastagens e recuperação de áreas degradadas. O objetivo é evidenciar que o país, e a produção amazônica faz parte disso, também é referência em produção com responsabilidade socioambiental", reforça Hildegardo Nunes.

Sustentabilidade e ciência

A Agrizone ganha relevância ao destacar que o agro brasileiro é parte essencial da transição para uma economia verde, fundamentada em conhecimento científico e práticas sustentáveis. No espaço, todos os sistemas produtivos do país estarão representados, desde o agronegócio a outros modes de fazer agricultura, como a agricultura familiar, o agroextrativismo e as agriculturas tradicionais, conduzidas por populações quilombolas, indígenas e ancestrais.

Localizada na Embrapa Amazônia Oriental, a cerca de 1,8 km dos pavilhões oficiais da COP 30, o espaço reunirá mais de 40 eventos confirmados, com uma programação voltada à bioeconomia, adaptação climática, restauração de áreas degradadas, agricultura regenerativa, segurança alimentar e financiamento verde.

"O propósito principal da AgriZone é demonstrar ao mundo que todos os sistemas produtivos brasileiros, sejam voltados à produção de alimentos, fibras ou energia, são fundamentados em ciência. São resultados de cinquenta anos de pesquisa agropecuária brasileira, orientados por critérios e indicadores científicos sólidos. Queremos mostrar que a ciência gerada pela agropecuária brasileira e seus diversos atores pode ser facilmente demonstrada ao mundo quando o assunto é sustentabilidade. A AgriZone será, portanto, um momento marcante não apenas para o país e para a Embrapa, mas para todos os que estarão em Belém, com a oportunidade de conhecer esse conjunto de inovações e soluções desenvolvidas com base científica pelas diferentes unidades da Embrapa em todo o território nacional", enfatiza o chefe-geral da Embrapa Amazônia Oriental, Walkymário Lemos.

A iniciativa reafirma o compromisso das instituições parceiras com o desenvolvimento sustentável e com a construção de um diálogo global que valorize o potencial produtivo da Amazônia aliado à conservação ambiental. A Agrizone promete ser mais do que um espaço de exposição, será um símbolo da transformação do agro brasileiro em direção a um futuro mais verde e inovador.

"Não tenho dúvida de que a AgriZone será um espaço onde a agricultura deixará de ser vista como vilã, como alguns tentam enquadrá-la nas discussões climáticas, e passará a ser reconhecida como parte essencial da solução. A partir da pesquisa agropecuária nacional, acumulamos conhecimento e tecnologias capazes de aumentar a produção de alimentos e energia ao mesmo tempo em que reduzimos o desmatamento e mitigamos emissões. Na AgriZone, teremos a oportunidade de mostrar esses resultados concretos, com práticas de recuperação de áreas degradadas e sistemas produtivos que conciliam eficiência e sustentabilidade, mostrando ao mundo que a floresta em pé é mais valiosa, produtiva e necessária do que qualquer argumentação de avanço sobre ela", finaliza o representante da Embrapa Amazônia Oriental.