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Técnico do Remo lamenta empate e falta de 'malandragem' no segundo tempo: 'O resultado foi ruim'

Gerson Gusmão viu seus comandados cometerem os mesmos erros da rodada passada, com dificuldades na construção das jogadas e a falta de experiência quando esteve com a vantagem no placar

Luiz Guilherme Ramos

Para os azulinos, o empate diante do Paysandu soou como uma derrota. Além de não ter ajudado na ascensão rumo ao G8, o placar expôs algumas falhas que incomodaram o técnico Gerson Gusmão. Ao final do jogo, em entrevista coletiva, o treinador resumiu de forma bem sincera o quanto os azulinos falharam em campo, mas de certa forma minimizou o gol contra de Vinícius, que deu o empate aos bicolores. 

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Embora tenha sido bastante equilibrado, o Remo esbarrou fundamentalmente no posicionamento do time, conforme frisa o técnico. "Acredito que o Remo acabou cometendo alguns erros muito parecidos com o jogo contra o Figueirense, na nossa saída de bola. Não conseguimos iniciar nossa construção de maneira organizada. Arriscamos algumas bolas, perdemos outras e isso gerou intranquilidade. E a gente começou a jogar mais na segurança, na ligação direta, por ter errado alguns lances que não permitiram o time sair com a bola no pé", comenta. 

Mesmo assim, o Remo foi o primeiro a marcar, após o árbitro marcar pênalti em lance envolvendo Marlon. Com um no placar, o Paysandu não se acovardou e envolveu o Remo no campo de defesa até o empate. "Enfrentamos um adversário que fez uma marcação alta e nós já sabíamos disso. Treinamos para justamente sair dessa pressão na saída de bola. Mas como eu falei, alguns erros tiraram a tranquilidade. Ai foi a nossa grande dificuldade no primeiro tempo, mesmo saindo na frente e tomando um gol em seguida", entende.

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Foi ai que ele destacou a falta de 'malandragem' do time, utilizada pelo outro lado de jogo. "Talvez tenha faltado um pouco de malandragem, como o Paysandu fez no segundo tempo, quando estava com igualdade no placar, parava o jogo, caia pedindo falta. "E no nosso lance do nosso gol, o Fernandinho tinha tomado uma pancada na cabeça e estava fora, na hora do escanteio. Justamente no setor dele ficamos sem jogador e no rebote o adversário teve a chance de empatar".

No segundo tempo o treinador fez uma mudança tática, deixando o time mais adiantado, na tentativa de evitar as saídas de bola do Paysandu, fato que desestabilizou por alguns minutos o adversário, até que os azulinos retomassem a frente do placar. O problema veio em seguida, quando em jogada pela lateral, o goleiro Vinícius presenteou o Paysandu com um 'frango' descarado. 

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"Houve a infelicidade do Vinícius. No jogo passado ele teve uma grande atuação, mas hoje acabou falhando. Isso faz parte do futebol. Agora a gente tem que tentar mobilizar os atletas, assimilar o resultado. Acho que poderíamos ter vencido, mesmo jogo sendo muito disputado. Série C exige que você volte a vencer e vamos fazer isso na próxima rodada", espera. 

Gusmão sabe que o Remo não pode se dar o luxo de perder mais pontos em casa. Diante disso, o treinador já fez cálculos matemáticos para entender a urgência do time, que, segundo ele, precisa vencer a todo custo o Floresta, lanterna da competição, na próxima rodada. "Eu entendo que a nossa urgência é uma vitória. Não adianta programar quantos pontos precisamos e não vencer. O primeiro passo é vencer o próximo adversário e depois pensar jogo a jogo. Uma vitória vai nos dar um salto muito grande, mas é difícil fazer uma projeção. No início eu projetava 30 pontos, mas acho que não vai precisar devido a igualdade no meio da tabela. Acredito que essa pontuação vai baixar um pouco, para 27, 28 pontos". O Remo encerrou o domingo na 11ª posição, com 18 pontos, faltando cinco rodadas para o fim da primeira fase. 

 

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