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Vítima de câncer, remista fanática foi tema de homenagem no jogo entre Remo e São Raimundo

Elienne Cristina Lima Rocha será lembrada pelo mascote do Remo uma semana após a morte

Nilson Cortinhas

O mascote do Remo, que sempre alegra a torcida, vai ter um quê de saudade hoje no jogo entre Remo e São Raimundo, a partir das 16h, no estádio Mangueirão. O Leão vai usar uma camisa que celebra Elienne Cristina Lima Rocha, torcedora do clube, que faleceu há uma semana, vítima de um câncer. Neste domingo, será realizada a missa de sétimo dia dela em um momento de sorrisos e reflexão em meio ao luto.

A família pediu a homenagem ao mascote, o que foi aceito prontamente. A irmã dela, Elen Rocha, também conta que haverá um minuto de silêncio antes de a partida começar. Também pudera. Eliene era filha, esposa, mãe e trabalhava na iniciativa privada. Ela dedicava parte do tempo a uma outra missão: ser torcedora fanática do Clube do Remo. Não importava a hora, nem circunstâncias adversas e ela colocava a camisa azulina e se encaminhava para o estádio integrando o que ficou conhecido nacionalmente como fenômeno azul. 

“Ela gostava de ir pra 'bancada'. Na ida ao estádio, não poderia faltar o hino do clube e músicas alusivas ao Remo. Do lado de fora do carro, tremulava a bandeira do Leão e já era sinal que estava tudo pronto para irmos para o colosso”, disse Ellen, afirmando também que a irmã cumpria um ritual em dias de jogos que envolvia chegar duas horas antes do horário, confraternizando-se com a família e com amigos.

Além da alegria, Elienne estava sempre acompanhada de um ‘radinho a pilha’, a exemplo dos torcedores à moda antiga, que além de assistir a partida, fazem questão de ouvir os comentários. A família relatou que Elliene ficava nervosa quando a bola rolava e uma campanha especialmente marcou a história da torcedora com o clube: a trajetória do Leão, campeão brasileiro da Série C em 2005, foi acompanhada por ela, presente no estádio. “Ela estava no Mangueirão nos jogos memoráveis contra Abaeté e Tocantinópolis daquele ano”, recorda Ellen. A torcedora tinha uma tatuagem na nuca com a imagem de um leão e um escudo do clube.  

Embora com o problema de saúde diagnosticado, Elliene continuava frequentando os estádios, adaptando-se à medida que a doença evoluía. “Primeiro ela começou a adentrar um pouco mais cedo no estádio e procurar lugares com menos torcedores para não passar por aglomeração. E aos poucos foi deixando a arquibancada... Mas, para não ficar de fora dos jogos do nosso Leão,  principalmente do Re-Pa, que ela ia em quase todos, Elliene passou a frequentar as cadeiras, pois ali se sentia mais a vontade devido situações incomodas da doença”, disse. 

Em oração pela memória da irmã, a família é só saudade e espera a vitória no jogo de logo mais como uma forma de amenizar a dor pela ausência de Elliene. “Ao lado do Pai onde ela se encontra hoje, sei que estará torcendo e vibrando pelo seu tão amado Clube do Remo, pois somos Clube do Remo até de baixo d'água!”.

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